Às 7h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 6 e 8 pontos e o vencimento março/14, o mais negociado nesse momento, era cotado a US$ 12,69 por bushel. No mesmo momento, os futuros do milho e do trigo também registravam ligeiras perdas.

Como explicou o consultor Flávio França, o mercado da soja iniciou esse ano de forma lateralizada, sem uma tendência definida. Enquanto ainda encontra suporte no intenso fluxo de demanda pelo produto norte-americano, as expectativas cada vez mais fortes de uma safra recorde na América do Sul pesam sobre os preços, limitando os movimentos de avanço do mercado.

A semana traz ainda, na sexta-feira (10), dois importantes relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e a espera por esses números contribui para essa falta de direção dos negócios. Um dos boletins é sobre os estoques trimestrais norte-americanos de soja e o outro é o mensal de oferta e demanda.

Uma pesquisa feita pela agência internacional Blooomberg trouxe expectativas de 15 analistas esperando um aumento nos estoques globais de soja de 70,62 milhões de toneladas para 71,46 milhões. Para o milho, também se espera um incremento, e as os estoques deverão passar de 162,46 milhões para 163,08 milhões de toneladas.

"As expectativas de que os estoques mundiais e norte-americanos tanto de soja quanto de milho dão um tom negativo aos preços. Um aumento na produção dos EUA combinado nas perspectivas da safra da América do Sul indicam que os estoques globais de soja poderiam alcançar um nível confortável", disse o analista internacional Luke Mathews à Bloomberg.