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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Oferta de milho no RN leva em conta cenário de seca

“Se a condição de inverno se configurar, pretendemos trazer para o Estado 70 mil toneladas de milho; se for seca, estamos trabalhando com a idéia entre 130 mil e 140 mil toneladas”, informa Fábio Mendonça, superintendente substituto da Conab. Nestes últimos dois anos de seca no sertão potiguar, o crescimento exponencial de procura pelo milho não foi acompanhada satisfatoriamente pela oferta do produto subsidiada pelo governo federal. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registra um aumento de 766% de cadastros de clientes, enquanto a oferta de milho cresceu 275%.


Desde 2012, a Conab foi solicitada pelo governo federal para desenvolver um programa de venda de balcão especial, em apoio aos pequenos produtores visando o equilíbrio da oferta e procura. Como ação emergencial, o governo subsidiou parte da saca de milho para salvar rebanhos do Nordeste. “Com o quadro de seca a procura aumentou muito, estamos enfrentando uma guerra”, relata Fábio Mendonça, superintendente substituto da Conab. Até 2011, a Companhia contabilizava 3.500 mil clientes, que saltou para 15 mil no ano seguinte. Já 2013 fechou com uma estimativa de 26 mil cadastros de consumidores. “Sabemos que tem problemas, que gente que ficou sem atendimento. Mas tentamos ao máximo atender a todos, no possível dentro da nossa capacidade”, relata.

Segundo Fábio Mendonça, nessa situação da seca, o milho passou a ser ofertado a R$ 18,20 e R$ 21 por saca de 60 kg, dependendo da quantidade de compra. Quem adquiria até 3 mil toneladas pagava o primeiro valor. Anteriormente, até 2011, a saca era vendida entre R$ 29 e R$ 30. Estima-se que atualmente o valor de mercado esteja em R$ 40 por saca. A diferença do valor, entre a oferta de mercado e preço de venda da Conab, é pago pelo subsídio federal.

No entanto, apesar do menor valor, os produtores rurais são limitados na quantidade de compra. No RN, cada produtor pode adquirir até 3 toneladas de milho, a metade do que foi determinado na portaria interministerial da Fazenda, Agricultura e Planejamento que já havia reduzido o limite de retirada de 14 toneladas para 6 toneladas por beneficiário na venda do milho.
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