Neste ano, produtores do Ceará voltam a insistir no cultivo da mamona, apesar da safra ruim de 2013, devido à falta de chuva naquele ano. A expectativa para 2014 é melhor. Segundo o agrônomo Carlos Alberto Farias, o estado deverá produzir de 15 a 20 mil hectares de terra de mamona.

Com chuva de pelo menos 600 milímetros, a média da região, é possível colher até duas toneladas da semente por hectare. Com água suficiente, o solo da região e o sol constante são aliados da planta.

Em 2013, considerado um ano difícil para os produtores, a produção de mamona no Ceará foi de 640 toneladas, volume que representa pouco mais de 10% das 5 mil toneladas produzidas em 2010, último ano em que choveu dentro da média no sertão central.

Nos campos cultivados com mamona em Quixadá, que fica nesta região, sobraram algumas poucas plantas.

José Airton de Oliveira plantou dois hectares e só conseguiu colher a metade da área. A produção foi de 900 quilos.

O óleo da mamona pode ser transformado em biodiesel. A Petrobras tem uma usina em Quixadá, mas como o produto está em falta, utiliza a soja vinda do Centro-Oeste para produzir o combustível.

A empresa garante o pagamento de R$ 1 pelo quilo da mamona, valor atrativo para os produtores, que também recebem um adicional de R$ 200 por hectare plantado pagos pelo governo do estado.

O sertão central do Ceará, onde fica o município de Quixadá, concentra 85% da área plantada com mamona no estado.