Depois da estiagem severa no sertão do Sergipe, voltou a chover na região. O volume acumulado no mês de dezembro no sertão de Sergipe foi de 140 milímetros, quatro vezes mais que a média esperada para o período na região.

Por causa disso, o mês de janeiro começou com um cenário atípico. Em vez da seca comum para esta época, o que se vê em muitas propriedades são pastagens verdes. Como o pasto cresceu, os agricultores não precisam mais comprar comida para os animais.

Um alívio para Edenilson Delfino, que hoje vive outra realidade. Em outubro do ano passado, na propriedade do criador de vacas, que fica no município de Porto da Folha, a seca provocou a morte de 20 cabeças de gado. Hoje, as barragens estão cheias e os animais têm comida à vontade.
“Eu estava gastando uns R$ 20 mil por mês, de concentrado, água e funcionário. Lucro, não tinha. Eu tinha que vender os animais. De qualquer maneira, a chuva traz mais alimentação para os animais e mais conforto para nós”, diz.
No município vizinho, em Monte Alegre, os criadores também comemoram. Jorge Santana tem 150 cabeças de gado de corte. Ele se preparava para manter o rebanho no confinamento quando a chuva começou. “Com a chegada da chuva, todo o pasto nasceu de novo e foi uma benção para o sertanejo e o criador da nossa região”, diz.