É comum os produtores de grãos venderem parte da produção antes mesmo da colheita. São os chamados contratos de venda antecipada. Este ano, no Paraná, quem tem soja no campo está reduzindo este tipo de comercialização.
As lavouras de soja estão do jeito que o produtor gosta de ver. João Bologuesi Neto, de Paiçandu, no norte do estado, voltou a apostar em uma boa safra com as chuvas dos últimos dias. Ele, que planta em família 217 hectares, já está com tudo preparado para começar a colheita em meados de fevereiro.

Na região de Maringá, os produtores esperam colher, pelo menos, 55 sacas de soja por hectare. É o caso de João e a maior parte da produção, ele pretende vender bem depois da colheita.

Este ano, o agricultor investiu menos nos contratos antecipados, que estão sendo fechados ao preço de R$ 60 a saca, valor 15% maior que nos contratos antecipados de 2013. Mesmo assim, as vendas estão bem mais lentas.

O produtor Hélio Fonseca vendeu antecipadamente 30% da safra. Apesar do volume ser menor que no ano passado, o agricultor acha fundamental comprometer parte da produção com este tipo de operação. “Compensa porque este preço de R$ 63 ninguém sabe como vai estar na colheita e parte dos custos já fica garantido, o resto é lucro”, diz.