Em Goiás, as condições meteorológicas fazem aparecer a ferrugem asiática. Nesta safra, o registro de casos da doença já é muito maior do que no ano passado, obrigando os agricultores a usar mais agrotóxicos.

Calor e chuva é uma combinação que favoreceu o aparecimento da ferrugem asiática nas lavouras de soja do sudoeste goiano.

O professor Hércules Dias monitora as áreas afetadas pelo fungo e confirma quase 300 focos da doença em 10 municípios do estado. O número é pelo menos 5 vezes maior do que as ocorrências registradas na safra do ano passado.

O mês de janeiro é considerado o mais critico, segundo os agrônomos, porque a soja está em fase de enchimento dos grãos. Aliado ao calor e ao vento forte, o fungo se espalha facilmente e se instala na planta provocando prejuízos. “Tem que fazer aplicações em períodos mais curtos, não exceder 15 dias e ficar atento, monitorar a lavoura constantemente”, recomenda o agrônomo.

Na fazenda Boa Vista, em Rio Verde, foram plantados 1.150 hectares de soja de ciclos precoce e médio. Vilmar de Oliveira se preocupou com a ferrugem desde a época do plantio. Em outubro do ano passado, ele reforçou o estoque de fungicidas e aumentou o número de aplicações. “Eu fazia duas ou três aplicações, mas agora poderemos passar de quatro, dependendo do que acontecer na região”, diz.