Não foram todas as culturas do Estado do Rio Grande do Sul que saíram perdendo com a falta de chuva. O clima seco favorece a produção de azeitonas. Com ótimos frutos, os produtores gaúchos esperam colher 50% a mais do que na safra anterior.

Em Cachoeira do Sul, região central do Estado, os pomares do produtor rural José Aued começaram a ser cultivados há oito anos. O objetivo inicial era produzir um azeite extra-virgem de boa qualidade. O projeto deu certo. Há quatro anos, Aued extraiu os primeiros litros de frutas frescas de variedades chamadas arbequina e arbosana. Recentemente, o produto teve reconhecimento: é o único azeita de oliva com fabricação nacional, vendido em oito Estados.

No total, são 25 hectares que produziram 10 toneladas por hectare em 2013. Uma produtividade acima da média. Aued se surpreendeu quando a primeira área, plantada em 2006, deu frutos, três anos após o plantio, sendo que o normal é produzir depois de 10 anos.

A colheita das azeitonas deve começar em março. O clima seco do Estado favorece o desenvolvimento da olivicultura e a expectativa é por um aumento de área. Na propriedade de Aued, a agroindústria está localizada junto ao pomar e garante a produção de 20 mil litros de azeite ao ano.

As condições amenas aliadas à terra fértil podem trazer benefícios para os olivicultores. No Rio Grande do Sul, um levantamento da Emater, mostra que a olivicultura está em expansão. No ano passado, o Estado produziu 15 mil litros de azeite. Em 2014, a projeção é ultrapassar os 22 mil litros – crescimento estimado em 45%.