A volta da chuva em Petrolina, no sertão de Pernambuco, causou alívio aos produtores de acerola. A umidade é essencial para o desenvolvimento do cultivo. A região atravessou um período de dois anos de estiagem. O Estado é o principal produtor da fruta do país.

O trabalho não para na primeira colheita do ano na plantação que fica em Petrolina. Dezesseis pessoas se revezam em três hectares plantados. O trabalho é feito com muita agilidade. As aceroleiras estão carregadas, como há muito tempo não se via. A agricultora Celmira Igaki está satisfeita. "Quando eu vejo o pé de acerola deste jeito, eu agradeço muito a Deus, valeu meu esforço", diz.

Os agricultores dizem que mesmo com a irrigação, a umidade é essencial para o desenvolvimento do cultivo. A chuva que faltava finalmente chegou. Só no mês de dezembro, foram registrados 153 milímetros, quantidade muito acima da média histórica registrada para esse período, que é de 62 milímetros.

Os bons resultados podem ser vistos nos mais de 1,4 mil hectares espalhados pelo município. A expectativa é de que a safra seja boa em todos os aspectos, inclusive no preço. Mesmo com o aumento da produção, o quilo da acerola verde está sendo comprado pela indústria por até R$ 1,95, quase o mesmo valor da época de escassez da fruta.

O agricultor Jorge Mariano da Silva está de olho neste lucro. Com um hectare plantado, o produtor conseguiu colher apenas 300 quilos no ano passado. Desde os primeiros dias de 2014, já saíram da propriedade 1,5 tonelada de acerola e tudo já foi vendido. "Com esta chuva, graças a Deus a produção voltou ao normal e a gente tem a expectativa de recuperar o prejuízo que tivemos nestes anos de seca", diz.