Sustentar o pilar econômico de um negócio no campo tem sido um grande desafio e, para o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Milton Garbugio, “o produtor tem que fazer malabarismo para controlar os custos de produção”.

Em entrevista ao Agro Olhar, o presidente da associação analisou que, em virtude desses “malabarismos econômicos”, o produtor de algodão em Mato Grosso tem deixado de optar pelo algodão safra para escolher soja na primeira safra e algodão na segunda.

O produtor também tem destinado maior ou menor área para o milho no segundo ciclo, de olho no mercado, a exemplo do último ano, em que muitos optaram pelo cereal esperando melhores preços.

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Enquanto na safra 2011/2012 mais da metade da área de algodão em Mato Grosso foi destinada à primeira safra, 51,5%, nesta temporada 2013/2014 a maior parte do algodão será semeado na segunda safra, 66%, sobrando apenas 34% para a primeira safra, segundo comenta Garbugio.

Para o presidente da Ampa, esses números confirmam tendência já iniciada na safra 2012/2013, quando quase 70% do algodão mato-grossense foi semeado na segunda safra.

“Hoje, grande parte dos associados da Ampa é produtor de soja e milho, entre outras culturas (...) de modo a assegurar sua sustentabilidade no pilar econômico. E, sem sustentabilidade econômica, não há como se manter na cultura e ser sustentável nos pilares social e ambiental”, afirmou Gabugio.

A previsão para a temporada 2013/2014 é de uma área de 582 mil hectares de algodão no Estado, um crescimento de 28% em relação à safra passada. As estimativas são de que Mato Grosso colha em torno de 812 mil toneladas de algodão em pluma.