Olhar Agro & Negócios

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Calor e falta de chuva prejudicam lavouras de vários estados

O produtor de cana Roberto Rossett montou uma pequena estação meteorológica, mas no último mês nenhum índice de chuva foi registrado.


No mês de janeiro, choveu apenas 1/3 do esperado para esta época. Roberto tem 450 hectares de cana de açúcar em Ribeirão Preto, São Paulo, uma das principais regiões produtoras do país.

"Nesta situação nunca vi meu canavial. Eu estimo que de 10 a 15% nós vamos perder nesta safra", conta.
Se estivesse chovendo dentro da normalidade, os pés de cana estariam bem maiores do que estão e as folhas não estariam curvadas, com as pontas secas como estão.

O agrônomo da Associação de Produtores da região, Gustavo Nogueira, diz que a colheita que começa em abril está comprometida.

"Nos meses de janeiro, fevereiro e março é o período onde ocorre a maior taxa de crescimento da cana. Havendo condições ideais, é quando a gente define a produção que vamos ter durante a safra. Com esse janeiro seco, já atrasou em mais de 40 dias o desenvolvimento da cana”, explica.

A forte estiagem nas lavouras já mexeu com o mercado internacional. Por causa das perspectivas de perdas, o preço do café subiu cerca de 18% na Bolsa de Nova York.

A seca não se restringe somente a São Paulo. Outros estados brasileiros também estão sofrendo com a falta de chuva, como Goiás e Minas Gerais.
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