Cerca de 150 famílias de um assentamento no Piauí decidiram diversificar as atividades. Além da agricultura, eles trabalham com a criação de peixes e com a confecção de roupas.

São José do Divino fica no norte do estado. Na zona rural do município está o assentamento Lagoa, que funciona como unidade produtiva familiar.

Ao todo, 55 casas foram feitas há cerca de dois anos e agora as famílias terminam de colher a primeira safra de arroz. Em pleno semiárido, os assentados plantaram 17 hectares de arroz e a produtividade foi maior do que eles esperavam, 6 toneladas por hectare. A expectativa é colher 70 toneladas.

Os assentados têm veículos próprios para o transporte da produção. A separação da palha do grão acontece no próprio local e tudo deve ser comercializado nos municípios próximos, além de servir para o consumo das famílias.
As atividades do assentamento não se resumem a isso. Na piscicultura são seis tanques com as espécies tambaqui e tilápia.

A criação de gado começou com 110 cabeças, hoje são 200 animais.

As mulheres criaram uma marca própria e produzem calcinhas, redes e artesanatos. Só com o artesanato, elas conseguem uma renda de R$ 250 por mês.

Todas as atividades do assentamento recebem assessoria técnica de uma ONG. "Mensalmente eles têm uma assembleia onde fazem um planejamento. Temos monitoramento tanto na parte da capacitação, quanto na comercialização", diz Maria da Luz, coordenadora da ONG Centro de Educação Ambiental.