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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

FAO estima queda nos estoques mundiais de arroz

Adversidades climáticas no Brasil e nos Estados Unidos e a tensão política na região do Mar Negro, importante área produtora de grãos, fizeram com que o indicador global de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) saltasse 4,8 pontos (2,3%) em março de 2014, para uma média de 212,8 pontos, o maior nível desde maio do ano passado. Em fevereiro, o índice, calculado a partir dos preços de uma cesta de commodities, já havia registrado alta de 2,6% também por conta das instabilidades na Ucrânia. De todos os segmentos que compõem o indicador, apenas o de laticínios não registrou alta em março, com queda de 2,5% - a primeira em quatro meses.


De acordo com a FAO, o recuo foi influenciado por um enfraquecimento da demanda chinesa e por produções robustas na Nova Zelândia e no Hemisfério Norte. Já o açúcar registrou a maior alta, de 7,9%, em meio à estiagem no Centro-Sul do Brasil, principal região produtora do mundo. Na sequência aparecem os cereais (5,2%), cujos preços subiram por conta do clima seco no Brasil e nos Estados Unidos e também em razão das tensões na região do Mar Negro. O indicador analisa as tendências em março. Desde então, os temores de que a Ucrânia reduza as exportações diminuíram. Também já não há tantas preocupações quanto a possíveis choques de oferta em 2014, segundo a FAO. A entidade também fez novas estimativas para a produção global de commodities.

De acordo com a entidade, deverão ser produzidos 2,521 bilhões de toneladas de grãos no ano-safra 2013/2014, 6 milhões de toneladas a mais que o anteriormente previsto. Mesmo assim, é muito cedo para se fazer uma projeção detalhada, porque ainda há muito a ser plantado, e o clima será uma peça-chave neste ano, segundo a FAO. A produção mundial de trigo deve ser de 702 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas a menos que o previsto em março e 2% inferior à safra recorde do ano passado. Em relação ao arroz, a produção deve ter um incremento modesto de 0,8% em 2013/2014, para 500,7 milhões de toneladas, pois os preços não estão muito atrativos. Esse crescimento, entretanto, não deve acompanhar a demanda, e os estoques ao final da temporada devem diminuir.
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