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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Chicago: mercado da soja recua frente às previsões climáticas nos EUA

Por volta das 8h18 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 9,50 e 15,50 pontos. O vencimento maio/14 era negociado a US$ 14,57 por bushel.


De acordo com informações da agência internacional Bloomberg, as temperaturas favoráveis e chuvas limitadas previstas para o Oeste dos EUA para os próximos dias pressionam os futuros da soja. A expectativa é que os agricultores possam avançar com a semeadura do grão.

Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou novo boletim de acompanhamento de safras. O plantio da oleaginosa está completo em 5% da área projetada para essa safra, contra 3% divulgado no dia 27 de abril. O percentual está acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 2%.

Em contrapartida, os fundamentos do mercado da soja permanecem positivos, conforme relatam os analistas. Mas, no momento, os prêmios do grão estão mais fracos no mercado interno norte-americano. “A situação decorrente da permanência do produto no mercado interno dos EUA. Com a oferta vinda da América do Sul nos portos do país, acaba sendo redirecionada para outros mercados, inclusive a China, e pressiona as cotações no mercado interno estadunidense”, explica o analista de mercado da FCStone, Giovani Damiano.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira: Soja: Mercado busca direcionamento, mas fecha em terreno misto

Nesta segunda-feira (5), as cotações futuras da soja fecharam o pregão na Bolsa de Chicago em campo misto. Em dia volátil, as cotações da oleaginosa até esboçaram uma recuperação, mas os primeiros contratos terminaram o dia com perdas entre 1,00 e 8,75 pontos. Já os mais distantes conseguiram se manter do lado positivo da tabela.

De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado ainda aguarda novas notícias para impulsionar as cotações futuras da soja. Os fundamentos para o mercado do grão permanecem positivos, mas esses já são fatores conhecidos pelos participantes do mercado.

Na visão do consultor, os primeiros contratos da oleaginosa foram pressionados pelos números mais fracos dos embarques de soja dos EUA. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques até 1º de maio em 99, 50 mil toneladas, contra 254,299 mil toneladas reportadas na última semana.

No acumulado do ano safra, o volume total de soja embarcada pelo país é de 41.453,17 milhões de toneladas, contra 43 milhões de toneladas projetadas pelo órgão norte-americano.

Além disso, o consultor de mercado da FCStone, Giovani Damiano, os prêmios da soja no mercado interno norte-americano estão mais fracos. “A situação decorrente da permanência do produto no mercado interno dos EUA. Com a oferta vinda da América do Sul nos portos do país, acaba sendo redirecionada para outros mercados, inclusive a China, e pressiona as cotações no mercado interno estadunidense”, explica.

Para o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, a demanda internacional já tem sido direcionada ao Brasil. Com isso, no mês de abril, as exportações brasileiras apresentaram um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, com 8,25 milhões de toneladas, volume recorde.

Na contramão desse cenário, os contratos mais longos ainda foram sustentados pela situação de aperto na oferta. O analista da Cerrado, afirma que frente a esse quadro, os preços da commodity devem se manter nos patamares acima dos US$ 15,00 por bushel.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA deve divulgar novo boletim de acompanhamento de safras, que irá apontar a evolução no plantio de soja e milho da safra 2014/15 nos EUA. Até o último dia 27 de abril, a semeadura da oleaginosa estava completa em 3% da área projetada, contra 6%, média dos últimos cinco anos.

A expectativa do mercado é que esse percentual tenha avançado durante a última semana, principalmente no final de semana, uma vez que as previsões climáticas indicavam temperaturas mais altas e tempo seco em partes do Corn Belt.
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