A colheita da safra do milho no oeste da Bahia está no início. A seca atrapalhou um pouco, mas os agricultores dizem que, mesmo assim, a produção é satisfatória.

Na fazenda do agricultor Décio Ruediger, no município de Formosa do Rio Preto, as colheitadeiras estão na lavoura há quase duas semanas. Dos 432 hectares, o produtor esperava colher 200 sacas por hectare, mas a produtividade vai ficar um pouco abaixo desta marca por causa da estiagem, que foi bastante longa. Mesmo assim, o agricultor está satisfeito esperando colher uma média de 160/170 sacas por hectare.

A região é a maior produtora do estado e o milho produzido é vendido principalmente para os estados do Nordeste. De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura, o oeste da Bahia é responsável por 95% do milho produzido no estado. A produção estimada é de 2,3 milhões de toneladas.

Por cerca de 40 dias, a região ficou sem chuvas, houve quebra na safra, mas as perdas são consideradas pequenas por causa do alto nível de fertilidade das terras e o investimento em tecnologia.

Segundo o presidente do conselho técnico da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aíba), Antônio Grespan, os grãos que estão sendo colhidos têm boa formação e bom peso.

O preço da saca com 60 quilos está custando entre R$ 22,50 e R$ 23. Ruediger conta que pretende guardar parte do milho e esperar a reação do mercado. Na safra passada, o preço médio de venda foi de R$ 27, mas o valor da safra atual não deve chegar a este patamar.