Os agricultores do Paraná colhem uma boa safra de feijão, só que com o excesso de oferta está faltando comprador e o preço desabou.

O sol tem favorecido a colheita de feijão da chamada safra da seca. Ao todo, 13% da área plantada já foi tirada do campo e o clima que ajuda agora também foi favorável durante o restante do ciclo.

Por causa disso, o agricultor Rudimar Missio, de Pato Branco, está colhendo a média de 40 sacas por hectare de feijão carioca. A qualidade é boa, o que falta é comprador.

Nesta safra, o Paraná deve colher perto de 474 mil toneladas de feijão, 40% mais do que colheu no ano passado. A colheita do feijão da segunda safra vai até julho.

A maior parte dos produtores optou pela variedade carioca, que ocupa 60% das lavouras de feijão do estado. O problema é que com o aumento da oferta, logo no começo da colheita, o preço despencou.

A saca de 60 quilos, que foi vendida em abril do ano passado a R$ 190,42, no mesmo mês deste ano chegou a R$ 108 e agora está saindo por R$ 85.

Muitos produtores estão colhendo e deixando os grãos depositados nos armazéns esperando uma reação do mercado. Em uma cerealista existe até fila de espera, mas o gerente Joriel Pasqualetto conta que só compra conforme o produto vai saindo.