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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Chicago: soja mercado busca direção e fecha o pregão com leves altas

Durante uma sessão volátil, as principais posições da commodity reverteram as perdas e encerraram o dia com pequenos ganhos entre 0,25 e 3,25 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 14,86 por bushel.


O mercado da oleaginosa busca um direcionamento, conforme afirma o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. De um lado, os fundamentos permanecem sólidos em curto prazo, com estoques apertados nos EUA, cerca de 3,54 milhões de toneladas, e a demanda segue forte, sem sinais de enfraquecimento.

"Temos uma recomposição da demanda, depois de rumores de cancelamento de compras por parte da China e redirecionamento de cargas com soja para os EUA. Os números da nação asiática mostram a demanda firme, com importações de 6,5 milhões de toneladas em abril", explica o economista.

E as projeções apontam para um volume recorde de importações pelos chineses, que podem alcançar o nível de 7,4 milhões de toneladas em maio, conforme dados da Oil World. Até o final da safra 2013/14, a estimativa de compras é de 70,7 milhões de toneladas, crescimento de 18% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Além disso, nesta quarta-feira, informações divulgadas por agências internacionais relatam que, a maior empresa compradora de soja da China, Shandong Sunrise Group, informou que não irá desfazer seus contratos de comprar, apesar de estra enfrentando grandes prejuízos. A Sunrise responde por 12% das importações da nação asiática, que por sua vez, responde por 60% do comércio global da oleaginosa.

Entretanto, a expectativa de uma grande safra norte-americano, 98,93 milhões de toneladas, conforme projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e o avanço no plantio, de 5% para 20% até o dia 11 de maio, são fatores negativos aos preços futuros. "E a boa implantação da lavoura é o primeiro passado para se ter uma boa produção", completa Motter.

Ainda na visão do economista, a promessa de maior oferta no futuro acaba tirando o direcionamento do mercado, apesar da situação apertada entre estoques e demanda nos EUA. A tendência é que o mercado permaneça se comportando dessa forma nos próximos meses e a cada pregão um desses segmentos poderá ser decisivo na formação nos preços no dia, de acordo com Motter.

Ainda assim, é preciso observar as condições climáticas nos EUA, que podem influenciar no tamanho da safra. Nos últimos três anos, todos os países produtores no mundo registraram problemas em relação ao clima.

Paralelo a esse cenário, o Goldman Sachs divulgou projeção e manteve uma visão pessimista sobre as perspectivas para os preços das commodities agrícolas. No caso da soja, a previsão é que os preços baixem para US$ 10,50 por bushel, no prazo de seis meses. Já para o milho, a projeção indica cotações de US$ 4,00 por bushel, no mesmo período.
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