Ângelo Nelson Salvatti adora plantar flores e frutas no quintal de casa em Pardinho, São Paulo. Ele tem quatro variedades de maracujás, mas uma se destaca. A fruta enorme é um tipo de maracujá que Ângelo conta que conseguiu as sementes após uma viagem para o litoral.

Comparando o maracujá gigante com o tradicional é possível ver a diferença da fruta. O produtor precisou improvisar um ferro para dar apoio às ramas, já que alguns destes maracujás chegam a pesar mais de três quilos.

A casca é esverdeada e a polpa consistente e mais espessa do que a do maracujá tradicional. “A gente aproveita a semente para fazer mousse, suco, e a polpa é diferente, a gente come como se fosse mamão ou melão”, diz.

“Esta espécie não é a mais cultivada, não tem tradição, tem frutos grande e o volume de polpa e sementes é pequeno, então o rendimento industrial deve ser baixo. Teria que avaliar o sabor dele, a produtividade por planta, o potencial para produzir e a adaptação às condições climáticas de São Paulo, já que ele é natural da região amazônica”, explica o biólogo Aloísio Sampaio.