A colheita da batata está acelerada, em Goiás. O tempo ajudou e a produção é boa, o que não agrada é o preço.

Em uma fazenda de Campo Alegre, região leste de Goiás, 740 hectares são dedicados à plantação de batatas. A colheita começou no fim de maio e vai até outubro, quando devem sair de lá 1,7 mil caminhões carregados.

Em toda região leste de Goiás há 6 mil hectares plantados e 30% foram colhidos até agora. O serviço, a maior parte manual, é feito por 2,2 mil trabalhadores. Por onde passam as máquinas, dá para notar nos canteiros que a pro
dutividade é boa, devem ser colhidas, em média, 36 toneladas por hectare até o fim da safra, a mesma média do ano passado.
Em agosto de 2013, o produtor recebeu R$ 50 pela saca de 50 quilos, preço considerado bom, mas este ano, o comportamento do mercado mudou e quem planta garante que está tendo prejuízo.

O produtor goiano está recebendo R$ 24 pela saca, menos da metade do valor do ano passado. O motivo da queda, segundo os agricultores, é o excesso de batata no mercado. A colheita este ano coincidiu com o mesmo período de São Paulo e Minas Gerais, o que não é comum. Em uma fazenda, o valor pago pela saca não cobre nem o custo de produção.

“Hoje nosso custo de produção gira em torno de R$ 36 a saca de 50 quilos. Esse custo pode diminuir um pouco com o aumento da produtividade, mas ainda assim, pelo preço que está sendo comercializado, o produto traz prejuízo”, diz João Gruber, gerente administrativo da fazenda.