O fruto que se amontoa no chão não tem mais valor comercial. Na fazenda do produtor Paulo Tsuge, no Alto Paranaíba, a estimativa era colher 8 mil toneladas nos 400 hectares plantados, mas, até agora, pelo menos 600 toneladas já foram perdidas. Os abacates vêm sendo retirados do chão, debaixo dos pés, para evitar doenças.

Os frutos secos formam longos corredores entre as ruas e caem dos pés sem parar.

Muitos estão condenados ainda no pé, reflexo da falta de chuva. Há mais de uma década, a região não tinha um início de ano tão seco, choveu menos da metade do esperado para a época e as árvores não formaram novos galhos.

Para a próxima safra também haverá prejuízos, por isso, em outra fazenda da região a preocupação já é em minimizar os prejuízos. “A gente trabalha sempre pensando no ano seguinte, estamos mantendo o trato, cortando e se não fizermos isso, vai ser ainda pior”, explica o agrônomo Diego Domingos.