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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

RJ: por greve, saco de batata vai de R$ 90 a R$ 130

A crise por conta da greve dos motoristas de caminhão por enquanto não atingiu o Rio com o desabastecimento. Mas o carioca já sente no bolso a alta dos preços, principalmente da batata e da cenoura. Na Ceasa, central de abastecimento da Região Metropolitana, o saco de 50 quilos de batata subiu de R$ 90 na segunda-feira para R$ 130 na manhã desta quarta-feira (25). O preço da caixa de 20 quilos de cenoura subiu de R$ 40 para R$ 75: “esses produtos vêm de Minas e os produtores estão com medo de colocar caminhões na estrada e ficarem parados. Não tem nada a ver com preço de diesel ou frete”, confirmou ao Terra Waldir Lemos, presidente da Associação Comercial de Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri). Lembrando que os produtores são responsáveis pelos alimentos até a chegada ao distribuidor.


Waldir Lemos diz que ainda é cedo para falar em desabastecimento no mercado, mas aconselha que, se a greve durar mais um dia, é bom as pessoas começarem a fazer estoque, principalmente de frutas. “Aqui na Ceasa todos têm frutas armazenadas. Mas se o bloqueio continuar, é bom comprar frutas na quinta e na sexta-feira porque o preço pode subir muito”, disse, lembrando que mamão e banana já tiveram acréscimos no preço, mas dentro da normalidade. Os preços de alguns produtos já estão 40% mais caros, e Waldir afirma que esse reajuste pode bater nos 100%.

Apesar de o alarme aceso, os comerciantes já trabalham com o fim dos bloqueios nas estradas do Brasil e na volta à normalidade do abastecimento dos mercados centrais antes do fim da semana. “Se isso acontecer, os preços vão voltar ao normal em dois ou três dias”, afirmou. Ele disse ainda que desde segunda-feira não chegam mais caminhões com batata e cenoura ao Estado. Como o Rio é grande produtor de verduras na região Serrana e não houve movimento grevista no Estado, o fornecimento é normal. “O governo deveria tabelar o frete. Há muitas empresas no mercado e às vezes a concorrência é desleal para o produtor”, afirma.
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