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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Em Chicago, soja inicia a semana em busca de direção e à espera de números do USDA

Com o foco principal ainda voltado para o desenvolvimento da nova safra dos EUA, os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago trabalhavam de lado, com pequenas altas e baixas de, no máximo, 2,50 pontos. O principal contrato do momento - novembro/15 - era cotado a US$ 9,14 por bushel.


Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras e, pela primeira vez na safra 2015/16, vai trazer as condições das lavouras de soja. Assim, os traders buscam se posicionar antes da chegada desses números. Além disso, o departamento traz ainda seus dados sobre os embarques semanais de grãos do país.

Os negócios vêm de uma semana agitada no mercado internacional e de um resultado, no final dela, positivo, que levaram as cotações a recuperarem algumas posições importantes. Além dos fundamentos - principalmente as condições climáticas no Meio-Oeste americano, o mercado deverá estar atento ainda ao andamento do dólar no cenário internacional, uma vez que esse também tem sido fator de importante influência para a formação dos preços em Chicago.

Veja como fechou o mercado na última semana:

Soja: Com baixas pontuais, mercado tem semana positiva em Chicago e nos portos do BR

A última semana foi de intensa volatilidade para o mercado da soja, tanto para os futuros negociados na Bolsa de Chicago quanto para os preços formados no Brasil. Ao lado de intensas movimentações na cotações da oleaginosa, os últimos dias também registraram oscilações expressivas para o dólar.

Assim, os contratos mais negociados na CBOT agora fecharam a sexta-feira (5) com um balanço semanal positivo. O contrato julho/15 encerrou com US$ 9,37 e alta de 1,19%, e o novembro/15, referência de negócios para a safra americana, com US$ 9,14 por bushel, subindo 1,44%, depois de chegar a testar o patamar dos US$ 9,00 e operar abaixo dele.

O principal fator de suporte para um avanço das cotações no mercado internacional começou a surgir com as preocupações sobre as condições de clima nos Estados Unidos. Em meio à conclusão do plantio da soja no Meio-Oeste, o excesso de chuvas em regiões importantes começa a preocupar. E são informações como essa que começam a entrar no radar dos traders.

Em alguns estados como Iowa, por exemplo, um dos maiores produtores de soja dos EUA, o plantio já estava concluído, até o último domingo, em 70% da área contra 92% no mesmo período do ano passado, de acordo com números do boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados mostram ainda que, em toda a área prevista para a soja, a semeadura já estava concluída em 71%, contra 75% do mesmo período do ano anterior.

Apesar disso, é opinião comum entre os analistas que esse suporte para as cotações pelo clima excessivamente chuvoso nos EUA ainda é temporário e, para que continue impactando sobre a formação das cotações seria necessário sua continuidade e a confirmação das últimas previsões climáticas para os próximos 14 dias.

Paralelamente, o andamento do dólar no cenário internacional também foi um fator importante para o andamento dos negócios nos últimos dias. A moeda norte-americana registrou uma valorização expressiva e nos dias de altas ainda mais acentuadas exercia uma severa pressão sobre os preços em Chicago ao deixá-los menos competitivos.

Na sessão desta sexta-feira (5), também marcada pela forte volatilidade, os futuros da soja fecharam em baixa pressionados, além do movimento de realização de lucros, pela forte alta do dólar. A moeda terminou o dia com alta de 0,51% e valendo R$ 3,1506. Ao longo do dia, porém, os ganhos passaram de 1,5% e, na semana, a alta acumulada é de 1,15%.

Mercado Interno

Enquanto a alta do dólar pressiona as cotações em Chicago, ao mesmo tempo, favorece os preços no Brasil. Assim, o balanço da semana para as cotações da soja nos portos do país também foi positivo.

Para a soja disponível, em Rio Grande o ganho foi de 0,44% de R$ 68,50 para R$ 68,80 por saca e, em Paranaguá, passou de R$ 68,50 para R$ 70,00, subindo 2,19%. Já entre os valores para o produto da safra 2015/16, houve uma pequena baixa de 0,41% no porto gaúcho, com o preço passando de R$ 73,80 para R$ 73,50, enquanto no terminal paranaense o valor foi passou de R$ 72,00 para R$ 72,50, acumulando uma alta de 0,69%.

A semana, com o feriado de Corpus Christi comemorado na última quinta-feira (4) no Brasil, foi mais curta para os negócios no país, o que manteve a comercialização ainda em um ritmo mais contido, com negócios acontecendo de forma pontual, ainda segundo relatam os analistas e consultores. Os produtores seguem aproveitando os melhores momentos de comercialização para garantir as vendas do produto que ainda resta da safra 2014/15.
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