A expansão integração entre lavoura e pecuária, somada as melhorias na logística que deverão impulsionar a produção agropecuária, pode ser um dos fatores a elevar a demanda da produção de calcário em Mato Grosso. Maior produtor agropecuário do país, o estado detém o título de maior consumidor da rocha sedimentar. Somente em 2014, 6.770 mil toneladas de calcário foram produzidas no estado.
A possibilidade de ampliar a produção de calcário em Mato Grosso é tida como uma boa notícia pelo setor industrial de calcário do estado, segundo o vice-governador, Carlos Fávaro, na noite da última quarta-feira (11), durante o Encontro Nacional dos Produtores de Calcário (Enacal) e do 2º Congresso Nacional de Correção e Fertilidade do Solo.
Com o título de maior produtor e consumidor de calcário do país, Mato Grosso recebe aos poucos investimentos públicos para a agricultura, na avaliação de Fávaro. Infraestrutura e logística, um novo código tributário estadual, e ainda atenção à questão energética do Estado fazem parte das ações governamentais para alavancar o setor.
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“Temos 193 frentes de trabalho, construindo e reconstruindo, e fazendo manutenção das nossas rodovias. Isso vai possibilitar que a agricultura ganhe competitividade em regiões que ainda não conseguem se sobressair por falta de infraestrutura descente”, afirma o vice-governador.
Com 27% de seu território sendo utilizado como pastagem e 9,8% ocupado com agricultura, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, Carlos Fávaro acredita que uma integração entre lavoura e pecuária, aumentaria a demanda de calcário em Mato Grosso, elevando assim a produção no estado. “A indústria do calcário tem uma grande oportunidade diante da expectativa de crescimento na produção agrícola em MT”.
Esta integração entre os dois principais setores da economia de Mato Grosso, trará crescimento econômico sem causar desmatamento das áreas de preservação ambiental do estado, que somam 52% do território.
Considerado o mais importante insumo da agricultura utilizado para correção do solo, o calcário bateu no último ano o recorde de 6.770 mil toneladas de produção, quantia esta que foi quase totalmente utilizada no estado, revela o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração do Calcário do Estado de Mato Grosso (Sinecal-MT), Francisco Conrado Ferreira Penço. Apenas 2% deste calcário foram vendidos para Rondônia.
Já os dados nacionais sobre a produção de uso do calcário apontam que nunca se vendeu tanto calcário, conforme o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Oscar Alberto Raabe. Cerca de 35 milhões de toneladas foram produzidos no ano passado no país. Ainda conforme o presidente da associação, para cada tonelada de adubo, é preciso três de calcário para regular a acidez do solo. Isso justifica a grande demanda existente no Estado que tem a agricultura como carro chefe das atividades econômicas.
Evento
Promovido pela Abracal, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Extração do Calcário do Estado de Mato Grosso (Sinecal-MT), o evento reúne empresários, e profissionais da área de calcário, com o objetivo de discutir questões ligadas ao setor em uma programação que acontece entre os dias 12 e 13 de novembro.
