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Sábado, 20 de julho de 2024

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Pragas podem causar quebra de R$ 40 bilhões ao agronegócio brasileiro

Lagarta helicoverpa já causou prejuízo de R$ 2 bilhões na atual safra. Outros 150 invasores podem invadir as lavouras brasileiras nos próximos anos

Foto: Reprodução / Ilustração

Lagarta helicoverpa já causou prejuízo de R$ 2 bilhões aos produtores de soja

Lagarta helicoverpa já causou prejuízo de R$ 2 bilhões aos produtores de soja

Pesquisadores alertam sobre o perigo iminente da entrada de novos invasores nas lavouras brasileiras, o que poderia causar prejuízos bilionários e até problemas de abastecimento no país. De acordo com Evaldo Vilela, da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, mais de 150 potenciais invasores podem causar prejuízos a economia brasileira, assim como a lagarta helicoverpa, predadora que já causou prejuízo de R$ 2 bilhões aos produtores de soja apenas nesta safra. Pelas contas da Embrapa, o prejuízo potencial dessas novas pragas ao agronegócio brasileiro pode chegar a R$ 40 bilhões. 


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Para Vilela, o risco da entrada de novas pragas no Brasil nos próximos anos é real e requer atenção das autoridades sanitárias. Ele cita o exemplo da monília do cacaueiro, doença que até 2010 afetava apenas as lavouras situadas à Oeste da Cordilheira dos Andes, mas que hoje está atacando plantações de cacau no Peru, Equador e Colômbia, já do lado leste dos Andes. Pelas projeções de pesquisadores do Ceplac, a praga pode chegar ao Brasil em dois anos.

A monília é uma enfermidade devastadora. Muito pior que a vassoura-de-bruxa, que já arrasou plantações na Bahia no passado.“Ninguém imaginava que a helicoverpa apareceria no Brasil. Pois ela apareceu e já causou um prejuízo de 2 bilhões de reais aos produtores brasileiros. Da mesma forma, outros invasores podem se desenvolver no país. É preciso atenção”, diz Vilela.

A indústria de defensivos, por sua vez, se mostrou preocupada com a falta de agilidade no processo regulatório brasileiro. Para Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), é preciso maior agilidade no processo de aprovação de novos produtos e tecnologias. “Hoje as aprovações são demoradas, por isso é preciso agilidade no planejamento”, afirma o executivo.
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