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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Preço do milho não possibilita renda ao produtor mato-grossense

Desde o início do ano o milho vem sofrendo quedas em suas cotações e de maio em diante a situação tem se agravado ainda mais em Mato Grosso, acumulando queda de 29,16%. Mas o que tem preocupado muitos produtores mato-grossenses atualmente é a queda drástica de preços na primeira semana de julho, se equiparando com os custos de produção. As cotações atingiram os piores patamares no preço do grão desde setembro de 2010, quando a média da saca de milho foi de R$ 11,00, segundo o último Boletim Semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).


A média registrada no estado na semana passada foi de R$ 11,54 por saca, valor abaixo do preço mínimo (R$ 13,02) pago pelo governo por meio dos contratos de opção, como forma de garantia de custos para o produtor e com objetivo de desafogar a produção. E ainda menor diante do custo de produção, que gira em torno de R$ 18,16 por saca em uma safra com utilização de alta tecnologia, realidade mato-grossense, tendo como base o custo total que incluem os custos fixos.

Segundo o analista de mercado do Imea, Ângelo Ozelame, não há previsão de melhoras no preço do milho. “A tendência é de queda diante da super safra dos Estados Unidos. Só uma mudança na safra deles para alterar esse preço”, disse. Ele explicou que as quedas nos preços internacionais e a colheita no Brasil estão servindo para pressionar ainda mais para baixo os preços domésticos do cereal.

Em contrapartida, Mato Grosso atingiu a melhor média de produtividade no levantamento parcial feito pelo Imea. Vinte e quatro por cento da área já foram colhidas até o momento. A média parcial na região do Médio-Norte está em 120 sacas por hectare, 24 sacas a mais que o previsto. O analista explica que no início da safra são colhidos os melhores grãos do cereal, pois foram plantados na melhor época. A previsão do Imea é que a média fique em 96 sacas por hectare até o fim da colheita.

Até o momento, apenas 36% da safra do grão foram comercializados, quando na mesma época do ano passado o volume era de 54%, uma variação de menos 18 pontos percentuais.
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