Os produtores de milho e as traders esperam queda no preço do milho até o final deste ano, devido ao estoque final de 12.6 milhões de toneladas que a superssafra 2011/12 proporcionou ao Brasil.

A análise é do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). No boletim do milho divulgado nesta segunda-feira, é apontado que a produção nacional do cereal nesta safra chegou a 72.7 milhões de toneladas.

“O importante agora é analisar como ficará o mercado com esse abarrotamento de milho, pois, com consumo total de 66.6 milhões de t (consumo interno somado à exportação) ainda restarão 12.6 milhões de t de estoque final, um dos maiores que o Brasil já teve. Com isso a venda do cereal poderá estar fadada à perda de valor até o final do ano”, pontua o Imea.

A comercialização semanal do cereal esfriou nos últimos dias muito influenciada pela ausência de compradores e também impactada pela semana mais curta de feriado nacional. Como muito se foi comprado pelas tradings em Mato Grosso e ainda falta 1.4 milhão de t, esse volume terá uma pausa momentânea nas vendas até a volta do interesse de compra.

Com isso os preços tiveram um deságio na primeira semana de setembro. Na região sudeste, mais valorizada, o preço médio iniciou a semana a R$ 23 por saca, porém chegou à quinta-feira (6) cotado a R$ 21.30/sc, queda de 7,4% em apenas uma semana.

Na região Oeste, onde o cereal está menos valorizado, os preços seguiram a mesma tendência, porém reduziram menos, chegando à R$ 19,50/sc, queda de 2%.