A produção de flores movimenta por ano cerca de R$ 4,3 bilhões no País e para impulsionar ainda mais o cultivo de espécies ornamentais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha em conjunto com o setor cooperativo para a implementação de medidas de incentivo à produção. A iniciativa visa à geração de emprego e renda às famílias nas respectivas regiões produtoras do Brasil, aproveitando o nicho que se forma com a perspectiva de venda dos arranjos para a Copa do Mundo de 2014.

A capacitação dos gestores e dos associados está entre as ações executadas pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperatvismo (SDC) do ministério para dar impulso ao desenvolvimento da cultura de flores ornamentais. Além da capacitação, a programação da SDC também prevê orientações aos cooperativados no desenvolvimento dos seus projetos.

Hoje, são nove mil os produtores registrados no País. São eles, os responsáveis pela geração de 194 mil empregos diretos, dos quais 96 mil (49,5%) relativos à produção, 6 mil (3,1%) relacionados à distribuição, 77 mil (39,7%) no varejo e 15 mil (7,7%) em outras funções, principalmente de apoio, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).

Regina Lima é uma dessas produtoras que junto a outras 35 mulheres da Cooperativa dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal (Multiflor) atua nesse ramo e ganha seu sustento por meio da produção de flores. “O trabalho na cooperativa mudou a vida das mulheres e, hoje, o cultivo de flores representa muito para nós. Antes, dependíamos dos maridos e, agora, já podemos ajudar em casa, comprar nossas coisas e para nossos filhos. O apoio do Governo é muito importante”, disse a moradora no Núcleo Rural Rio Preto/DF.

Mercado

A capital federal é o terceiro maior mercado consumidor de flores do País e o quarto no consumo per capita. Contudo, somente 20% dessa demanda é atendida pela produção local e regional. O restante é importado de outras regiões produtoras.

O secretário da SDC, Caio Rocha, destacou as iniciativas do Mapa como uma forma de incentivar o setor e apoiar os produtores locais nos seus respectivos negócios. “Essas ações trazem um novo momento para o segmento da floricultura no País. Temos um grande mercado consumidor, mas precisamos nos apropriar dele e isso deve ser feito pelos nossos produtores e com o apoio do Governo”, disse