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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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TEMPO INDETERMINADO

Custos elevados levam Térmica de Cuiabá a suspender geração de energia

Foto: Marcos Negrini/Secom-MT 2011

Custos elevados levam Térmica de Cuiabá a suspender geração de energia
A geração de energia elétrica na Usina Termoelétrica de Cuiabá está suspensa por tempo indeterminado. O alto custo dos insumos, mais precisamente o gás, e dos tributos (estaduais e federais) são os fatores que “impedem” a continuidade da produção de energia na unidade, bem como sua competitividade perante as outras térmicas do Brasil.

A interrupção já era prevista pela Empresa Pantanal Energia (EPE), que administra a Térmica de Cuiabá. Contudo, a paralisação prevista era para manutenção técnica anual, segundo o gerente jurídico da EPE, Rodrigo Zuniga.

A chamada “parada programada” para a manutenção anual está programada para o dia 15 de janeiro e deveria durar entre 10 e 20 dias.

Em outubro de 2015 a Térmica de Cuiabá voltou aos comandos da Empresa Pantanal Energia , após rescisão do contrato de arrendamento com a Petróbras. O contrato venceria agora em janeiro de 2016.

Leia mais:
Pantanal Energia rescinde contrato com Petrobrás e reassume comando da Térmica de Cuiabá

O rompimento do contrato entre a EPE e a estatal visava à participação da usina termoelétrica no Leilão A-1 2015, realizado em dezembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entretanto, conforme o gerente jurídico da Empresa Pantanal Energia, a participação acabou sendo descartada por não se ter tido “tempo hábil” de planejamento para torna-la mais competitiva perante as demais.

“A Térmica voltou a operar em outubro e não conseguimos a tempo torna-la mais competitiva, pois temos uma carga tributária muito cara em Mato Grosso. A suspensão da geração de energia tem este ponto como fator, bem como os tributos federais. Além disso, estamos negociando com a Petróbras a continuidade do fornecimento de gás para nós, uma fez que o insumo vem da Bolívia e o país vizinho negocia o produto apenas de governo federal para governo federal", declara Zuniga ao Agro Olhar.

Tanto a Aneel quanto o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) foram comunicados da “paralisação” da produção de energia.

A Térmica de Cuiabá possui capacidade para gerar 480 megawatts/hora de energia e em 2014 a sua representatividade foi de 43% no quesito "consumo versus produção".

A Térmica de Cuiabá foi arrendada pela Petrobrás em março de 2011. O maior benefício do arrendamento para Mato Grosso foi à garantia da vinda do gás boliviano para a geração de energia elétrica. Em setembro de 2011 a Petrobras e a estatal boliviana YPFB assinaram um contrato que permitiu a entrega de até 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia à Térmica.

A energia produzida na Térmica é comercializada para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que distribui para todo o país.
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