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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Casquinha de soja pode substituir milho em confinamento diante alto preço do cereal

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Casquinha de soja pode substituir milho em confinamento diante alto preço do cereal
A casquinha de soja pode ser um dos substitutos do milho no período de confinamento em 2016 diante o alto custo da saca de cereal em Mato Grosso. O milho corresponde a 90% da dieta bovina no confinamento. Mato Grosso deve confinar 12% a mais de animais em relação ao período em 2015.

Hoje, a saca de 60 quilos de milho em Mato Grosso varia entre R$ 31,90 em Ipiranga do Norte e R$ 38,20 em Alto Araguaia. Neste mês de junho o valor médio encontra-se em R$ 33,67, abaixo dos R$ 34,68 de maio, porém superior aos R$ 15,11 de junho em 2015.

A intenção de confinamento em Mato Grosso é de 755.493 cabeças em 2016, conforme primeiro levantamento feito em abril pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) em parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O volume é 12% maior que os 669.893 animais confinados em 2015.

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Apesar da perspectiva de crescimento no volume de animais confinados, os pecuaristas estão agindo com cautela, de acordo com gerente de projetos da Acrimat, Fábio Silva. O motivo da cautela, explica ele, é o custo de produção que subiu no confinamento. “Quando você olha a diária, que seria tudo aquilo que é gasto no confinamento, com exceção da aquisição de animais, ela teve um incremento de aproximadamente R$ 1,20 em relação ao ano passado. O motivo desse aumento foi o milho, principal insumo dentro da dieta do animal confinado”.

Em 2015, segundo o gerente de projetos da Acrimat, eram desembolsando em torno de R$ 5,60 de custo de produção diário e este ano foi para R$ 6,80. “O sinal vermelho já foi aceso e os pecuaristas que fazem conta já viram esse custo elevado, o que acaba gerando a cautela”.

O custo dentro da diária maior é com a alimentação, que corresponde a 70%. O milho sozinho é responsável por 90% do desembolso somente com insumos para a alimentação. De acordo com Fábio, existem alternativas de substituição para o milho, o que pode auxiliar para que o custo diário não venha a ser tão alto.

Entre as alternativas para a substituição do milho está a casquinha de soja, considerada interessante por ser rica em pectina, que previne que o animal venha a ter algum distúrbio metabólico.

Questionado sobre o uso de trigo no lugar de milho, como se tem visto em algumas regiões do Brasil. O gerente de projetos da Acrimat destaca que pode ser uma alternativa, porém pode sair caro, visto o Brasil não ser um grande produtor de trigo. Outros possíveis substitutos são o sorgo, DDG e resíduos de cervejaria.
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