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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Marfrig embarca 25 toneladas de carne in natura de Mato Grosso para os EUA na próxima semana

Foto: Assessoria Marfrig

Abate de bovinos provenientes de Mato Grosso para o primeiro embarque aos Estados Unidos ocorreu no sábado, 24 de setembro. Produto segue para o país norte-americano até o próximo final de semana

Abate de bovinos provenientes de Mato Grosso para o primeiro embarque aos Estados Unidos ocorreu no sábado, 24 de setembro. Produto segue para o país norte-americano até o próximo final de semana

Até o final da próxima semana a unidade da Marfrig em Paranatinga embarcará 25 toneladas de carne in natura para os Estados Unidos. A habilitação para exportar ao país norte-americano saiu no último dia 21 de setembro e a produção foi iniciada no sábado, 24, data ao qual cerca de 500 animais foram abatidos.

A habilitação da planta mato-grossense ocorre uma semana após a Marfrig realizar o primeiro embarque de carne bovina in natura do Brasil para os Estados Unidos. Na ocasião a carne era proveniente de Bataguassu (MS). A empresa conta ainda com uma planta no Estado de São Paulo habilitada.

As negociações entre Brasil e Estados Unidos para exportação de carne bovina levou mais de 17 anos para ser concretizada. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil poderá comercializar carne in natura (fresca ou congelada) para os Estados Unidos e vice-versa. A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério brasileiro, pontua que o Brasil entra agora na cota dos países da América Central, que é de 64,8 mil toneladas por ano, com tarifa de 4% ou 10% dependendo do corte da carne. Fora da cota (sem limite de quantidade), a tarifa é de 26,4 %.

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A reportagem do Agro Olhar, a convite da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), acompanhou, no sábado, 24, o processo de produção, desde o abate até o fechamento das caixas, com carne bovina in natura no frigorífico da Marfrig em Paranatinga que seguirá para os Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva ao Agro Olhar o diretor Presidente da Marfrig Global Foods, Martin Secco, destacou que os Estados Unidos é um mercado importante visto ser um grande importador de carne de vários países. Além disso, ele pontuou que outros mercados seguem as regras impostas pelo país norte-americano, como é o caso dos vizinhos Canadá e México.

Diretor Presidente da Marfrig Global Foods, Martin Secco. (Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar)

"Atrás do mercado dos Estados Unidos por vir outros também", disse Martin Secco. De acordo com o diretor Presidente da Marfrig Global Foods, para a pecuária brasileira as aberturas de novos mercados significam mais atrativos comerciais.

Com a habilitação para os Estados Unidos, a Marfrig tem a expectativa de ampliar a sua produção, o que segundo Martin Secco, pode vir a melhorar as negociações com os atuais clientes (países).

"Os embarques para os Estados Unidos irão começar a acontecer regularmente como outros mercados. Serão um ou dois por semana. Depende o mix nosso produtivo. Não teremos datas especificas. Nós já fizemos o primeiro e nessa semana outros dois dessas três plantas sairão. A expectativa para a Marfrig de Paranatinga é que o primeiro embarque ocorra até o próximo fim de semana. Em torno, de 25 toneladas sairão da unidade de carne", revelou ao Agro Olhar.

EUA: o ISO das exportações

A abertura de novos mercados é visto com bons olhos pelos pecuaristas. Hoje, apenas 25% da produção de carne bovina é exportada, ou seja, 75% fica no mercado interno.

Conforme o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, a abertura de novos mercados significa para o pecuarista o reconhecimento pela qualidade do produto mato-grossense.

"Mato Grosso é o maior rebanho do Brasil e nós temos não apenas quantidade, mas sim qualidade. Nós nós temos certeza que o Mato Grosso preserva e produz com eficiência e nós temos condições de atender qualquer tipo de mercado. A abertura dos Estados Unidos para nós funciona como uma ISO. Pois, as exigências sanitárias que são utilizadas pelos Estados Unidos são as mesmas utilizadas por outros países e mercados que nós não exportamos ainda, como o Canadá, o México, países da América Central e até o Japão que nós esperamos dentro em breve que passe a consumir a carne", comentou Francisco Manzi à reportagem durante o acompanhamento do primeiro abate de bovinos a serem enviados aos Estados Unidos.
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