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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Ministério da Agricultura investiga 62 possíveis funcionários fantasmas

Foto: Rogério Florentino / OD

Ministério da Agricultura investiga 62 possíveis funcionários fantasmas
O Ministério da Agricultura abriu nesta segunda-feira (24), processos administrativos para investigar 62 possíveis funcionários fantasmas. Segundo a pasta, eles não conseguiram explicar de forma satisfatória porque passavam menos tempo no ministério do que o exigido por lei.

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O secretário-executivo do ministério, Eumar Novacki, explicou que passou a estruturar o acompanhamento das denúncias a partir da ‘Operação Carne Fraca’. Uma das prioridades seria colocação de ponto eletrônico no prédio da pasta para que se pudesse ter um controle de entrada e saída.
 
Em março deste ano a corregedoria encontrou pelo menos 32 servidores que passavam mais de 50 horas por semana fora do ministério sem justificativas, sendo que a carga horária mensal prevista para os funcionários da pasta é de 160 horas.  Os processos administrativos podem resultar em punições como demissão e até o envio das informações à Polícia Federal para investigações criminais.
 
Foi analisado o registro dos pontos dos funcionários a partir de março deste ano. Naquele mês, 189 servidores passaram entre 20 e 49 horas de expediente fora do ministério sem motivo; 32 servidores ficaram entre 50 e 100 horas; e três funcionários passaram mais de 100 horas fora do trabalho.
 
Como o registro de ponto não era suficiente para demonstrar irregularidades, a pasta começou a analisar um registro secundário de uso das catracas. Em um caso verificado pela corregedoria do ministério, o ponto eletrônico de um servidor mostrava em um dia analisado entradas e saídas em horários regulares, mas os registros da catraca apontaram que ele passou mais de 6 horas e meia fora do ministério.
 
O resultado foi uma queda de mais de 60% nas horas não trabalhadas sem justificativa de servidores. Em junho, 967 servidores passaram horas de expediente fora do ministério sem uma justificativa razoável, dos quais 366 perderam pelo menos dez horas de trabalho desta maneira.
 
Na soma geral, foram 11.337 horas de trabalho perdidas. Com a informação circulando de que haveria um controle mais rígido dos expedientes, o número de horas de trabalho perdidas desta maneira caiu para 4.005 em agosto. A diferença equivale a quase 46 servidores trabalhando a mais do que em junho.
 
Segundo Novacki, as reclamações e denúncias de servidores passaram a ser concentradas na ouvidoria da pasta. Ele explicou ainda que, em agosto, foi criada uma linha direta em um aplicativo de mensagens para receber as reclamações.
De acordo com o secretário-executivo, as medidas fazem parte de um programa mais amplo de governança que está sendo estabelecido no ministério.
 
(Com informações G1)
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