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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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União Europeia

Acordo com Espanha pode abrir novos mercados para alimentos produzidos do Brasil

Foto: Assessoria/Agricultura

Acordo com Espanha pode abrir novos mercados para alimentos produzidos do Brasil
O secretario executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, reuniu-se na terça-feira (23) com o vice-ministro da Agricultura da Espanha, Fernando Miranda Sotilhos, na sede do Ministério da Agricultura, em Madri para apresentar as demandas do Brasil junto à União Europeia a fim de agilizar a exportação de produtos do agronegócio brasileiro. Novacki disse que “o acordo poderá trazer vantagens para ambos os lados” com a criação de uma área de Livre Comércio.

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Por enquanto as maiores dificuldades têm sido colocadas pelos governos da França e a Irlanda. Ele enfatiza que a Espanha tem interesse em manter as boas relações comerciais com Brasil e garantir o fornecimento de produtos brasileiros, especialmente a proteína animal, segmento em que o Brasil é potência mundial.

Os principais pontos negociados entre Brasil e a União Europeia são relacionados à carne bovina, regionalização do produto termoprocessados, rastreabilidade, retomada do pré-listing, ractopamina da carne suína e reabertura para o pescado brasileiro. Durante o encontro, Novacki demonstrou insatisfação com a dinâmica do bloco europeu, pelo fato de os pleitos serem encaminhados à análise da UE.

No ano passado, as exportações do agronegócio brasileiro para a União Europeia somaram US$ 13,46 bilhões. Os principais produtos embarcados para os países europeus foram itens do complexo soja (34,35%), café (18,73%), carnes (12,15%), sucos (9,67%), fumo (5,95%), cereais (5,65%), frutas (4,82%) e outros (8,69%).

O Brasil importou US$ 1,989 bilhão em itens do agronegócio europeu, em 2017, sendo a maior parte formada por produtos industrializados.

Fruit Attraction 2018
A delegação brasileira, integrada por empresários, participou da Fruit Atraction 2018, em Madri, que está em sua décima edição, e onde o secretário executivo do Mapa, fez a abertura oficial do Pavilhão Brasil, na terça-feira.

Novacki falou sobre o potencial brasileiro no comércio mundial e especificamente sobre as exportações de frutas. Lembrou esforços feitos pelo governo em parceria com entidades do setor privado com o objetivo de melhorar a qualidade, aumentar a produção, o consumo interno e as exportações de frutas, como a implementação, neste ano, do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF).

As metas de longo prazo do PNDF, com data fixada até 2028, incluem participar com R$ 60 bilhões no mercado global de alimentos, aumentar o consumo interno de frutas para 70 quilos per capita ao ano e atingir US$ 2 bilhões em exportações de frutas frescas e derivados.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) a meta é a de atingir US$ 1 bilhão em exportação no ano que vem, com crescimento de 23% sobre o resultado de 2017. E, partir de então, crescer pelo menos 10% ao ano.

Para este ano, o presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, que integrou a delegação brasileira, disse que a expectativa é “chegar aos US$ 950 milhões em vendas externas com volume de 964 mil toneladas de frutas frescas”. 

As principais frutas exportadas pelo Brasil são melão (23,7%) e manga (21,14%). Também se destacam o limão e a lima ácida (13%), a maçã (8,8%), a melancia (7,7%) e o mamão (5,5%), segundo as vendas externas em 2017.
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