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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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​CICLO PECUÁRIO

Preço da carne bovina deve demorar a cair em Mato Grosso, avalia analista do Imea

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Preço da carne bovina deve demorar a cair em Mato Grosso, avalia analista do Imea
A analista de pecuária do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Marianne Tufani, avalia que o preço da carne bovina no Estado deve demorar a abaixar. Além do aumento da exportação para a China, o ciclo pecuário também é responsável pela redução do estoque de animais. Além disso, ela também afirma que o preço não diminuirá em decorrência das comemorações de final de ano.
 
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A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) já havia avaliado que o preço da carne para o consumidor mato-grossense deveria subir em decorrência da habilitação de mais plantas frigoríficas do Brasil para venda de carne para a China.
 
Segundo a Acrimat, é uma questão de aumento da demanda em relação à oferta disponível, mas que os preços poderiam se estabilizar futuramente, com o aumento da produção. No entanto, a analista de pecuária do Imea, Marianne Tufani, afirma que a perspectiva de aumento de estoque não é positiva.
 
“Geralmente com o aumento da oferta o mercado acaba se equilibrando, mas esta redução de estoque de animais já era esperada de certa forma, porque estamos vendo que está tendo uma inversão no ciclo pecuário, que é um movimento comum que ocorre ao longo dos anos”, disse.
 
“Ocorre em torno de quatro ou dois anos, em que há um aumento do abate de fêmeas e cerca de dois anos depois observamos a redução de estoque de animais, porque abate mais matrizes e consequentemente reduz o mercado de boi gordo. E este ano inclusive temos visto bastante novilhas sendo abatidas, que poderiam ser futuras matrizes, então para o ano que vem e para o próximo a perspectiva é que não venha aumentar tanto a oferta de animais”, explicou.
 
A analista ainda afirma que, além do aumento da demanda externa, neste ano os preços não devem cair em decorrência das comemorações de Natal e ano novo, tanto para carne suína, mais utilizada tradicionalmente, como da bovina, que também acaba sendo bastante consumida.
 
“Pelo menos até o final do ano a gente não acredita que vai ter alguma retração [no preço], mas muito pautada pela demanda externa, que está bem alta. A gente tem acompanhado que até a quarta semana tem caído as exportações, eu acredito que seja mais pela falta de oferta de animal do que pela própria demanda, que está aquecida, mas a gente tem outro fator que acaba colaborando também com a sustentação dos preços, que é o final do ano”.
 
Tufani ainda afirmou que outros fatores podem acabar mudando o cenário, como o Governo tem estudado, mas que a perspectiva é que o preço se estabilize, ou aumente.
 
“Pode ser que haja um equilíbrio do mercado, a própria ministra disse que pode ser que importe animais de outros lugares para equilibrar o mercado, mas ainda assim já entramos em um outro patamar de preços, acreditamos nesta sustentação se este cenário permanecer. Se realmente os estoques de animais permanecerem baixos, devido ao ciclo pecuário e aumento das exportações, principalmente para a China, acreditamos que as cotações tem tendência a aumentar, ou pelo menos manter neste patamar”, disse.
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