A falta de chuva e altas temperaturas preocupam os agricultores. A instabilidade climática pode aumentar os custos da produção de soja e derrubar a produtividade do solo. O receio é que a safra de 2022/2023 seja prejudicada.

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Segundo dados do Aproclima, projeto desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), há municípios que estão 25 dias sem chuvas.

O cenário aflige o produtor rural de Campo Novo do Parecis, Marcos Ortolan, ele afirma que com o solo seco a soja acabará sentindo.

Para o Napoleão Rutilli, agricultor de Diamantino e associado da Aprosoja-MT, a situação é delicada. "Estamos com a soja plantada desde o dia 23 de setembro, está florescendo e não choveu. Neste mês de novembro já vamos para 12 dias sem chuva, sem contar com o sol escaldante e temperaturas altas", declara.

De acordo com Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT, o estado saiu de um período de estiagem a partir desse momento as chuvas estão irregulares. Ele também diz que há possibilidade de colher volumes menores no final da safra.

"A Aprosoja-MT volta a pedir que alguns Institutos revejam as previsões de estimativa de colheita, uma vez que deveriam ser avaliados a área plantada versus a produtividade mínima histórica, considerando o fator climático no decorrer da cultura, e aí sim fazer as atualizações da previsão de colheita em paralelo ao acompanhamento climático", pontou o presidente.

Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a área de plantio de soja em MT é de quase 12 milhões de hectares e a expectativa de produção de 42 milhões de toneladas do grão.