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Sábado, 27 de abril de 2024

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Câmpus de Cuiabá

Pesquisa da UFMT investiga toxidade e o impacto de agentes químicos usados em incêndios

Foto: Assessoria

Pesquisa da UFMT investiga toxidade e o impacto de agentes químicos usados em incêndios
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizam o estudo “Toxicidade e segurança ambiental de retardantes de fogo sobre diferentes modelos biológicos e ambiental como parâmetro para utilização in loco". O principal objetivo é investigar os impactos da aplicação dos retardantes de chamas e líquidos geradores de espuma (LGE) no ambiente e identificar o grau de toxicidade.

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A pesquisa é feita pelo Laboratório de Biotecnologia e Ecologia Microbiana, do Instituto de Biociências, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Cuiabá. Projeto foi aprovado no edital Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Esses agentes foram usados em incêndios florestais como o que aconteceu em Mato Grosso, em 2019, onde o fogo destruiu mais de 10% do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, conforme dados do Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Coordenador da pesquisa e professor, Marcos Antônio Soares explicou que os resultados mais precisos mostrando metodologias e dados estatísticos, que utilizem diferentes organismos biológicos associados a esses agentes retardantes de fogo, são necessários para saber o que a sua aplicação causa no ambiente e identificar o grau de toxicidade. 

“O Brasil não possui uma legislação específica para o uso e quantidades seguras desses retardantes. Ao utilizar esses modelos biológicos esse projeto pretende contribuir com informações acerca da toxicidade desses retardantes de chama e LGE em condições in vitro e in vivo”.

O coordenador afirmou que a pesquisa propõe utilizar de bioensaios usando diferentes modelos biológicos para ensaios eco toxicológicos. “Temos diferentes ensaios, que podemos definir também como testes, em que utilizamos organismo modelos, que são organismos vivos, utilizados para testar algo, são muito conhecidos e fáceis de serem manipulados em laboratórios e respondem rapidamente a um teste”.

Marcos complementou que esses organismos vivos serão submetidos a exposição dessas cinzas, provenientes de queimadas. A intenção é avaliar se as cinzas causam algum tipo de toxidez. Caso encontrar algo, o docente destacou que extrapolará a informação para prever impactos em outros organismos, em ambientes terrestres ou aquáticos

Segundo Soares, é esperado a contribuição para a capacitação e formação de recursos humanos a fim de consolidar os ensaios eco toxicológicos no Laboratório de Biotecnologia e Ecologia Microbiana.  “Esperamos também conhecer os efeitos dos diferentes agentes retardantes de fogo sobre diferentes organismos modelos (desde produtores até consumidores) e no solo”.

A equipe do projeto é composta pela pós doutoranda Ivaní Souza Mello (bolsista da Fapemat), da doutoranda Maria Isabela Figueiredo da UFMT e pesquisadores colaboradores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Rhavena Graziela Liotti e William Pietro de Souza.

(Com informações da assessoria)
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