O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, afirmou que apesar do baixo risco de desabastecimento, o preço do arroz deve se manter em patamares elevados. A fala foi feita na manhã desta segunda-feira (09), durante Fórum Internacional da Agropecuária (FIAP), realizado em Cuiabá. Para a safra 23/24, a estimativa é de que Mato Grosso produza 335,9 mil toneladas do grão.
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Conforme o ministro, parte do aumento no preço se deve às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O estado é responsável por mais de 60% da produção de arroz consumido no país.
Com a enchente, mais de 75% das lavouras ficaram embaixo da água. Entretanto, no país é esperado uma produção de 10,395 milhões de toneladas de arroz.
"Nós temos uma safra de arroz equilibrada entre produção e consumo. Houve perdas em função das enchentes no Rio Grande do Sul, perdas tanto na lavoura como também de produtos já colhidos. Há um cenário mundial de ajuste também dos estoques mundiais de arroz.", disse Fávaro.
Apesar nas perdas da lavoura na região sul, Fávaro ressaltou que não há risco de desabastecimento do grão no país.
"A alta do dólar dificulta um pouco a importação de arroz, o que num primeiro momento nós ainda vamos ter o preço do arroz nos níveis um pouco mais elevados ao consumidor, mas medidas de estímulo à produção serão tomadas para que nós possamos ter mais arroz a um preço justo, tanto para a produção como para o consumidor na ponta do supermercado", ressaltou.