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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Milho incrementa a renda

Nos últimos 5 anos a participação do milho 2ª safra na margem bruta total do hectare cultivado em Mato Grosso pelos sojicultores evoluiu cerca de 8%, respondendo por até 32,8% em algumas regiões do Estado no ciclo 2011/2012. Considerando uma renda bruta média de R$ 3,275 mil por hectare cultivado com as duas commodities na safra passada, o milho favoreceu um incremento de 36% à renda do sojicultor.

Índices apresentados nesta quinta-feira (13) pelo consultor do Projeto Referência da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), João Viana, confirmam a intensificação da 2ª safra no Estado, como resposta à melhoria dos preços do grão. Tomando como referência o Oeste mato-grossense foi registrada uma evolução na participação do milho 2ª safra de 20,4% no ciclo 2007/2008 para 32,8% no ciclo 2011/2012.

Na região Sul do Estado a participação do milho 2ª safra na margem bruta total do hectare plantado avançou de 19,7% (2007/2008) para 23,1% (2011/2012). No mesmo período, a produtividade melhorou 32%, garantindo até 106 sacas por hectare na safra 2011/2012, ante 80,5 sacas por hectare na safra 2007/2008.

Cotação do produto também avançou 21% ao final da última safra, com o milho comercializado na média de R$ 17,32 a saca, contra R$ 14,12 no início do Projeto. Porém, o custo dos insumos necessários à produção do milho subiu 106% no acumulado de 5 anos, totalizando R$ 260,27 por hectare na safra 2011/2012 contra R$ 126,98/há na temporada 2007/2008. Presidente de Aprosoja, Carlos Fávaro, observa que os preços estão bons, principalmente para soja, mas que o custo de produção acompanha a alta nos preços das commodities.

Traçando o mesmo comparativo dos últimos 5 anos para a soja, a evolução no preço médio da saca foi de 37%, saltando de R$ 29,56 (2007/2008) para R$ 40,73 (2011/2012). Pelo mesmo parâmetro, os custos com insumos aumentaram 31,22%, variando de R$ 627,49 por hectare para R$ 796,56/ha. Para o ciclo 2012/2013 da soja, liberado para ser iniciado em Mato Grosso a partir da próxima semana, a previsão é que área plantada aumente em 800 mil hectares, sendo 11% superior à safra passada, chegando a um total de 7,890 milhões de hectares, conforme estimativa do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

Com incremento na área, a previsão do presidente da Aprosoja é que os produtores garantam boas condições de comercialização durante o 1º semestre de 2013, com preços melhores num cenário de baixos estoques mundiais. Com previsão de colher 24,131 milhões de toneladas da
oleaginosa no Estado, 60% já estão negociadas. “Mas a partir do 2º semestre, fatores como as condições climáticas e a ferrugem asiática é que ditarão como será”.

Segundo Fávaro, a safra 2012/2013 pode ser uma das mais afetadas até agora pela doença. “Ainda tem planta guaxa com ferrugem, remanescente da safra passada”. Apesar disso, a expectativa é que Mato Grosso aumente a produção em 12,9% sobre o volume alcançando no último ciclo, de 21,367 milhões (t). Situação semelhante deve ser experimentada pelos produtores argentinos, informa o consultor da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (AACREA), Alejandro Vejrup.

Após a quebra de safra no último ciclo produtivo provocado pela seca, na safra 2012/2013 a previsão é aumentar a produção de soja em 41% e do milho em 25%, obtendo 55 milhões de toneladas de soja e 25 milhões (t) de milho.
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