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Sábado, 20 de abril de 2024

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Ex-ministro Cabrera afirma que solução da crise passa pelo Congresso Nacional

A solução da crise que afeta a cadeia produtiva do setor sucroenergético passa, necessariamente, pelo Congresso Nacional. A afirmação é do ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera ao TV BrasilAgro, onde também comenta os motivos que o levaram a encerrar a sociedade com a gigante mundial de commodities agrícolas ADM.

Ao assumir, com apenas 29 anos o Ministério da Agricultura, Antonio Cabrera se tornou o mais jovem ministro da história do Brasil. Logo no início do seu mandato, sentiu dificuldades de interlocução com o Congresso Nacional e iniciou conversações com parlamentares o que se tornou o início da formação da bancada ruralista.

Assim que deixou o MAPA, Cabrera foi convidado pelo então governador do Estado de São Paulo, Mário Covas, a assumir a secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento, onde ficou por cinco anos e acompanhou de perto a crise de 1999 e as mudanças do setor canavieiro.

ADM

Antonio Cabrera se associou à ADM num projeto de implantação inicial de três grandes usinas, com capacidade média individual média de moagem de 3 milhões de toneladas. Uma delas chegou a ser erguida no Triângulo Mineiro, mas pela falta de conhecimento do mercado canavieiro por parte dos norte-americanos, a sociedade acabou se desfazendo.
“Eles vieram com a idéia de que a produção se iniciaria na balança das usinas (entrada da matéria-prima), como ocorre com as destilarias de etanol de milho nos EUA. Não tinham idéia da importância de um bom relacionamento com os fornecedores de cana e com isto chegou a faltar matéria-prima para moagem”, relata o ex-ministro.

Problemas na sociedade de Antonio Cabrera com a ADM não foram os únicos registrados em negócios envolvendo grandes grupos estrangeiros no país com tradicionais produtores nacionais. Há pelo menos dois outros exemplos que mostram problemas, como os da Bunge com a família Montenegro e a BioSev (Louis Dreyfus) com a família Biagi.
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