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"Temos o que há de mais tecnológico", diz pesquisadora da Embrapa sobre sequestro de carbono em MT

Da Redação - Amanda Divina

A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti, afirmou que Mato Grosso possui uma das principais tecnologias para sequestrar carbono e reduzir os gases que auxiliam no efeito estufa na atmosfera. No estado, um dos principais sistemas utilizados é a integração da lavoura, pecuária e floresta (ILPF).

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O sequestro de carbono é o processo de remoção de gás carbônico da atmosfera. Esse processo é realizado pelo crescimento dos vegetais por meio da fotossíntese e pela absorção de dióxido de carbono realizada pelo oceano e pelo solo.

Mato Grosso foi o primeiro estado a apresentar um projeto de redução de emissão de gases do efeito estufa pela agropecuária.

O estado tem como meta recuperar pastagens degradadas, hectares com a integração lavoura-pecuária-floresta, entre outros.

Em 2023, Mato Grosso se comprometeu a mitigar 9% das emissões de gases do efeito estufa, ou seja, cerca de 89 milhões de toneladas de dióxido de carbono por meio da adoção dos sistemas de produção sustentável.

A pesquisadora Marília Folegatti ressaltou durante a Feira Brasileira de Sementes, realizada nesta semana em Rondonópolis, que as empresas e instituições devem unir esforços para conseguir reduzir a emissão de gases na atmosfera. 

"Hoje talvez é o modelo de captura de carbono mais tecnológico que existe do mundo, capturar e armazenar no solo.  Então nós temos o que há de mais moderno na captura de carbono e também o que se tem de mais combativo, deste modo são quatro instituições que defendem a ideia e uma delas uma empresa privada, aportando recursos importantes para desenvolvimento científico e técnico para melhor representar a nossa agricultura", disse a pesquisadora.

Um dos principais sistemas utilizados para aumentar o sequestro de carbono é o sistema de integração envolvendo lavoura, pecuária e floresta (ILPF).

Este é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades.

Este tipo de integração surgiu com a preocupação com sustentabilidade a longo prazo.  Ainda conforme a Embrapa, o uso de árvores pode trazer proteção aos animais contra as adversidades climáticas.

Se as espécies arbóreas forem adequadamente escolhidas, o produtor também terá a oportunidade de aumentar sua carteira de negócios. 

Árvores como o eucalipto estão sendo utilizadas para reduzir a emissão de gases no sistema integrado e para ser utilizado no setor madeireiro.
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