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Geller questiona posicionamento do governo federal sobre produção de etanol de milho

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

O 1º Fórum Brasileiro de Etanol de Milho e Sorgo, caracterizado pelo presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, como um ‘espaço de discussão para a solução da logística do milho no estado’, foi mencionado pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, durante a realização de outro evento.

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O gestor questionou se ocorreu mudança de posicionamento do Governo Federal em relação ao incentivo à produção de etanol de milho. “É preciso criar um espaço dentro do governo”, alertou Geller, dirigindo o comentário a ministra–chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, durante Abertura Oficial da Safra 2013/2014.

“A resistência do governo sempre foi forte desde as primeiras vezes, mas a ministra disse que já há espaço para esse tipo de discussão dentro do governo”, comemorou Geller. O fato do produtor pagar uma saca de milho para fazer o escoamento de outra saca de milho, faz com que Mato Grosso possa fazer cada tonelada de milho virar mil reais em produtos resultantes como etanol e DDG (sigla em inglês), farelo de milho de alto teor de energia e proteína.

O diretor executivo da Aprosoja Mato Grosso, Marcelo Duarte, avaliou que questões referentes à competitividade, mercado nacional e preço pago na saca pelas usinas devem tornear as discussões a respeito da produção do combustível no estado.

Outras ‘provocações’ permearam o primeiro painel que abordou as políticas públicas para o etanol. “Precisamos pensar na competitividade do etanol de milho em relação ao etanol de cana, nas políticas públicas de fomento, nos mercados que vamos atender, e no preço que as usinas poderão pagar pelo milho pra que tudo isso seja viável tanto para o produtor como para os empresários”, salientou Marcelo Duarte.

O senador Blairo Maggi, que também participou do painel, reafirmou sua fala do dia anterior, sobre a necessidade de uma mudança na forma de pensar do governo. “O problema é o convencimento do governo porque precisamos de financiamento e linhas de crédito para esses investimentos.” Maggi ainda complementou que o governo teria de abrir mão de uma porcentagem do ICMS nos primeiros anos para que os investimentos fossem pagos.

O presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool), Piero Parini, esclareceu dois pontos fundamentais para os trabalhos em direção à construção de uma matriz de etanol de milho.

“Não há nenhuma proibição do aspecto técnico para a produção, porque o Brasil já importou esse tipo de etanol dos EUA. Além disso, a questão da segurança alimentar também não se configura em problema, já que em Mato Grosso há a segunda safra de milho”, finalizou. Com informações da Aprosoja.

Outro Lado

Tendo em vista a matéria publicada nesta segunda-feira (30.09) cujo título diz que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, questiona o posicionamento do governo federal sobre produção de etanol de milho, o mesmo vem por meio desta informar que sempre esteve a favor da produção de etanol de milho e justificou que nos meses de janeiro, fevereiro e março não teve ambiente para discutir com a equipe econômica do governo devido os estoques públicos e privados estarem muito baixos, pois foi necessário abastecer o nordeste e a agroindústria do sul do país por exemplo. Ainda ressalta que a produção nos Estados Unidos também esteve prejudicada devido à seca, o que influenciou também. O secretário no entanto não questionou o posicionamento do governo.

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