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Notícias / Política

Deputado diz que índios são usados como massa de manobra de grupos econômicos internacionais

De Brasília – Vinícius Tavares

Para evitar conflito em Brasília em virtude da mobilização nacional indígena, o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), suspendeu a instalação da Comissão Especial da PEC 215, a proposta de emenda à constituição que transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa para homologar as terras demarcadas pela FUNAI.

Substituto de Homero Pereira, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), lamenta a decisão e afirma que os indígenas são usados como massa de manobra de grandes corporações internacionais que têm interesse em prejudicar a agricultura brasileira.

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“É uma grande maquinação. A gente vê a igreja envolvida, setores do Ministério Público envolvido em conluio com a FUNAI. Ongs antropológicas, ongs internacionais, Igreja Católica, Ministério Púbico Federal e parte do governo e, do outro lado, nós, defendendo a sociedade brasileira como um todo. Existem outros interesses por traz desta maquinação e nós vamos tentar resolver”, desabafa.

Ainda segundo ele, é preciso que a sociedade urbana entenda o que está em jogo na disputa pelas terras agricultáveis.

Além da PEC 215, a FPA defende também, a aprovação do projeto de lei 227, que regulamenta o artigo 231 da Constituição Federal para definir quais são as terras tradicionalmente ocupadas por comunidades indígenas.
A proposta permite o ressarcimento aos produtores rurais que tiveram terras desapropriadas e até mesmo expropriadas.
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