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Notícias / Economia

Bolsas avançam em meio a impasse fiscal nos Estados Unidos

O Estado de S. Paulo

O impasse nos Estados Unidos, onde o orçamento para o ano fiscal que começou ontem não foi aprovado, permeou os negócios em todo o mundo. Oficialmente, várias instâncias do governo americano foram paralisadas, o que pode se refletir na economia, enquanto o presidente Barack Obama e os congressistas discutiam alternativas para a questão. Neste cenário nebuloso, as bolsas de Nova York avançaram, já que muitos investidores já haviam se antecipado ao impasse entre os partidos Democrata e Republicano. Dados positivos sobre a atividade industrial nos EUA em setembro também ajudaram, assim como certa percepção de que, com o problema fiscal, o Federal Reserve (Fed,o Banco Central norte-americano) pode adiar a remoção de seus estímulos à economia. O índice de ações Dow Jones subiu 0,41%, aos 15.191,70 pontos, o S&P 500 teve ganho de 0,80%, aos 1.695,00 pontos, e o Nasdaq avançou 1,23%, aos 3.817,98 pontos.

No Brasil, a Bovespa pegou carona nos ganhos vistos em Wall Street e também foi favorecida pela alta de mais de 14% da OGX. Bancos e Petrobrás também avançaram. No fim, o Ibovespa teve ganho de 1,61%, encerrando aos 53.179,46 pontos, no maior patamar da sessão. Petrobrás ON subiu 2,24% e Petrobrás PN avançou 1,69%, enquanto Vale ON teve leve alta de 0,12% e Vale PNA subiu 1,01% Com os EUA no radar, o dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 2,2230. O movimento esteve ligado a ajustes feitos após a forte queda de 1,90% na segunda-feira, quando os investidores que estavam vendidos no mercado futuro (apostando na queda do dólar) pressionaram a moeda americana. A liquidez mais baixa também favoreceu a alta em alguns momentos do dia, enquanto os dados da balança comercial, divulgados à tarde pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), não influenciaram os negócios.

No mercado de renda fixa, as taxas dos contratos futuros de juros voltaram a subir, influenciadas pela alta do dólar ante o real e pelo avanço dos juros dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano). Comentários do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, feitos na segunda-feira, também continuaram a repercutir nas mesas de operação. A taxa do contrato para janeiro de 2015 ficou em 10,28%, ante 10,24% da véspera. Com a oscilação de ontem das taxas, a curva de juros reforçou a previsão de um aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) em cada uma das duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2013. Atualmente, a Selic está em 9,00% ao ano.
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