Considere-se como exemplo o desempenho dos últimos 24 meses – outubro de 2011 a setembro de 2013. O melhor resultado desse período foi registrado em dezembro de 2011, mês em que o volume exportado de carne de frango correspondeu a mais de 77% do total (carne bovina: 15%%; carne suína: 7%) e gerou receita próxima de 62% do total (carne bovina: 30%; carne suína: 9%).

A despeito de elevado, o desempenho então observado não pode ser considerado excepcional, pois, no período analisado e excetuados apenas os últimos três meses, a participação média do frango no volume global exportado correspondeu a 72% do total, enquanto a média da receita cambial correspondeu a 55% do total – portanto, em ambos os casos, a média ficou não mais que cinco pontos percentuais abaixo do recorde.

Mas de julho para cá (ou seja, a partir do segundo semestre de 2013) esse panorama vem mudando. A ponto de, em setembro passado, a participação do frango ter chegado a seu menor nível – tanto em volume, quanto em receita. Um resultado, ressalte-se, que não se resume ao período analisado, mas abrange os últimos quatro anos (desde outubro de 2009).

Contrapondo-se os resultados de setembro último aos resultados registrados quando a carne de frango apresentou desempenho recorde (dezembro de 2011), constata-se que a perda de participação da carne de frango não está vinculada ao preço médio, que recuou para as três carnes em níveis que variam de 7% a 10%.

Isso significa que o principal fator de perda da participação foi a queda no volume embarcado que, de dezembro/11 para setembro/13, recuou 13%, enquanto os embarques de carne suína aumentaram 32% e os de carne bovina 78%.

Com tais desempenhos, a receita da carne suína aumentou 23% e a da carne bovina 60%. Já a receita cambial obtida pela carne de frango foi 22% menor.