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Notícias / Agronegócio

Fetag/RS comemora 50 anos de desenvolvimento da agricultura familiar gaúcha

MDa

Grande parte dos avanços do meio rural gaúcho nos últimos 50 anos passou pelas mãos da Federação Estadual de Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS). A entidade, criada com o objetivo de agregar os sindicatos dos agricultores da região, comemora meio século de fundação neste domingo (6) e celebrou a data com um evento em Esteio (RS).

Convidado pela organização da festa, o ministro interino do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, compareceu ao evento e parabenizou a Federação que atende mais de 1,5 milhão de agricultores do Rio Grande do Sul. “É um dia de comemoração não só da Fetag/RS, mas dos trabalhadores do meio rural. Essa luta pelos agricultores está diretamente ligada ao processo de desenvolvimento do País”, assegurou.

Laudemir lembrou a criação e o desenvolvimento de políticas públicas, como o crédito rural e o seguro agrícola, para fortalecer a agricultura brasileira. “Temos orgulho de dizer que temos uma agricultura familiar e um País forte. Nós não somos mais os pequenos, somos os agricultores e as agricultoras familiares que ajudam no crescimento do País. O Brasil mudou e nós avançamos junto”, concluiu o ministro interino.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, afirmou que os movimentos originários do campo contribuíram para formação de políticas do governo do estado. “Vocês fizeram reivindicações, que viraram demandas e foram atendidas. Foram demandas construtivas, positivas, que certamente foram importantes para o desenvolvimento e o fortalecimento da agricultura familiar e do Rio Grande do Sul”, atentou Tarso.

Segundo o presidente da Fetag/RS, Elton Weber, sem os sindicatos associados, as conquistas para desenvolver a agricultura no estado seriam impossíveis. “O movimento sindical atuou e trabalhou impulsionado por homens e mulheres que tinham sonhos e conseguiram realizar parte deles”, disse o presidente, que também apontou os desafios a serem enfrentados nos próximos 50 anos. “Ainda temos muito a melhorar. Trabalharemos para conseguir avanços iguais ou maiores”.

Para o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura, Alberto Broch, não dá para contar a história do campo gaúcho sem falar da Fetag/RS. “É uma história longa, de muita luta, muita resistência, mas que valeu a pena. Extrapola a categoria dos agricultores familiares, é um batalha pela comunidade do estado e pelo País”, avaliou Alberto.

Juventude rural

As irmãs agricultoras Lucieli e Luísa Bulegon saíram de Restinga Seca (RS), onde nasceram e foram criadas, para saudar a federação cinquentenária. “Eles são muito presentes, lutam pelos nossos direitos, pela melhoria da agricultura no estado. Além disso, tentam manter o jovem no meio rural gaúcho”, salientou Lucieli, 26 anos.

Sete anos mais nova, Luísa concorda com a primogênita da família Bulegon e assegura que ambas ficarão no campo para dar continuidade ao negócio da família. “A gente gosta do campo, é o nosso lugar”, garantiu a jovem agricultora, que cultiva soja, milho e cana na propriedade familiar de 10 hectares, adquirida com o auxílio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fetag/RS

Fundada em 6 de outubro de 1963, Fetag/RS possui 350 sindicatos filiados, que abrangem mais de 430 municípios gaúchos. Criada para organizar a agricultura familiar no estado, a Federação é ligada à Contag e atende mais de 1,5 milhão de trabalhadores rurais do Rio Grande do Sul, espalhados por quase 400 mil estabelecimentos de agricultura familiar.
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