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Notícias / Agricultura

Café: governo negocia 100% das ofertas de opção com ágio de 7,3%

Agência Brasil

O leilão de contratos de opção de venda de café, encerrado nesta terça-feira, negociou 100% da oferta 4.058 contratos, os quais não foram comercializados nos três leilões anteriores, realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O leilão de hoje corresponde a 405,8 mil sacas de 60 quilos. O prêmio a ser pago pelos produtores ficou em R$ 1,8400 por saca, o que representa um ágio de 7,3%, em comparação com o valor de abertura, que era de R$ 1,7150 por saca.

O prêmio pago pelo cafeicultor garante o direito de vender o produto ao governo no vencimento dos contratos, em março de 2014, caso o preço de mercado esteja abaixo do valor de referência, que foi estabelecido em R$ 343 a saca. Atualmente, a saca de café, tipo exportação, similar ao exigido pelo governo nas opções, está cotada em cerca de R$ 260/R$ 270.

Os grãos são originários de Espírito Santo, Bahia e Paraná e não foram arrematados nos pregões realizados nos dias 13, 20 e 27 de setembro. No total, os leilões de opção ofertaram 30 mil contratos, o equivalente a 3 milhões de sacas. Cada leilão foi composto de 10 mil lotes.

O consultor Felipe Kamia, da Pharos, informa que os agentes do Estado de São Paulo foram o que adquiriram a maior parte dos lotes ofertados, arrematando 2.936 lotes, ou 293.600 sacas. No Estado de Minas foram adquiridos 851 lotes, ou 85.100 sacas. Por fim, foram adquiridos 271 lotes, ou 27.100 sacas por produtores e cooperativas do Paraná.

Kamia observa que, até o momento, 'o programa de opções de venda não provocou aumento nos preços físicos, tampouco nos preços futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).' Apesar disso, 'o governo espera que a potencial retirada do café irá trazer suporte aos preços no médio prazo', continua Kamia.

De acordo com ele, entretanto, 'os fundamentos baixistas, que indicam grande potencial de produção para a safra 2014/15 no Brasil e o crescimento da produção da safra 2013/14 na Colômbia devem manter o mercado sob pressão negativa', conclui.
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