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Produtores de cana e usinas trabalharam com margens negativas na safra 2012/2013, mostra estudo

Canal Rural

Os produtores de cana-de-açúcar e usinas trabalharam com margens negativas na safra 2012/2013. É o que mostra um estudo encomendado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O trabalho foi realizado por técnicos do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), da Esalq/USP.

Os levantamentos de custos de produção de cana, etanol e açúcar foram realizados em 15 regiões produtoras. Segundo o estudo, os fornecedores de cana das regiões tradicionais, que englobam São Paulo e Paraná, tiveram margem negativa de mais de 20%, com prejuízos de R$ 13,61 por tonelada. Na região Nordeste a situação foi pior, a margem negativa ficou em 31%. Os produtores perderam R$ 22,91 por tonelada.

Nas áreas de nova fronteira da cana, que envolve os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, o prejuízo ficou próximo a 4%, com perdas de R$ 2,50 por tonelada. Os fatores apontados como responsáveis pelo resultado negativo dos produtores independentes foi o alto valor das terras arrendadas nas regiões tradicionais e a metodologia utilizada pelo Consecana para a formação de preços.

Para o etanol hidratado, o levantamento mostrou que as margens de lucro das usinas foram negativas em 12,2% nas regiões tradicionais, de 17,5% no Nordeste e de 11,9% nas regiões de expansão.

O açúcar foi o único dos três produtos do setor sucroenergético que teve margens positivas na safra passada. Na região Nordeste, o lucro foi de 10% para o açúcar branco. Na região de nova fronteira, o açúcar bruto, destinado à exportação, gerou margem de lucro de 11%. Nas demais regiões, tanto para o açúcar branco quanto para o bruto (VHP) a margem foi de pouco mais de 2%.

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