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MST e movimentos invadem prédio do Mapa por reforma agrária, crédito e renegociação de dívidas

De Brasília – Vinícius Tavares

Um dia depois de fechar estradas na divisa de Mato Grosso e Goiás, integrantes de movimentos sociais ocuparam nesta quarta-feira (16.10) a sede do Ministério da Agricultura, em Brasília. O objetivo da mobilização é reivindicar a desapropriação de terras para a reforma agrária, pedir a implantação de uma política econômica de crédito para os camponeses e a renegociação e solução definitiva das dívidas.

Deputados da Comissão de Agricultura da Câmara Federal criticaram a ocupação dos prédios públicos e contestam os motivos do protesto, que têm como alvo o agronegócio.

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“Quando um agricultor vende um cacho de banana ou uma galinha na feira, ele está fazendo agronegócio. O agronegócio é a agricultura, não há diferenças entre a produção rural”, comentou o deputado Lira Maia (DEM-PA).

Desde segunda-feira, trabalhadores ligados a várias organizações sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a Via Campesina, o Movimento dos Atingidos por Barragens, o Movimento dos Desempregados, o Movimento dos Pequenos Agricultores, a Federação dos Metalúrgicos e o Levante Popular da Juventude, promovem em vários estados a Jornada de Lutas por Soberania Alimentar, que vai até sexta-feira.

Em Goiânia, camponeses também ocupam, desde as 6h, os prédios da Secretaria da Fazenda e da Superintendência Federal da Agricultura. A mobilização é feita pelo Movimento Camponês Popular, o MST e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado.

Nessa terça-feira, movimentos sociais protestaram em 10 municípios gaúchos. Um grupo de cerca de 1,2 mil pessoas ocupou o pátio em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no centro de Porto Alegre.
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