Nas previsões que fez um ano atrás, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projetou para a China produção da ordem de 14,1 milhões de toneladas. Agora, em outubro corrente, prevê não mais que 13,5 milhões de toneladas, volume 1,5% menor que os 13,7 milhões de toneladas do ano passado.

As importações chinesas de carne de frango devem apresentar ligeiro aumento. Mesmo assim devem ficar aquém do projetado porque – explicação do USDA – a ocorrência de casos de Influenza Aviária no país (inclusive com grande número de vítimas fatais humanas) afetou a demanda do produto.

Na projeção anterior mais recente (abril de 2013), o USDA previra importações da ordem de 270 mil toneladas (não inclusos nesse volume pés e patas de frango). Na projeção atual as importações chinesas devem ficar em 260 mil toneladas, aumentando pouco mais de 2% em relação às 254 mil toneladas de 2012.

A propósito dessas importações o USDA comenta que o Brasil continua sendo o fornecedor principal (49% do total até julho passado), mas como aumentou o preço no primeiro semestre, viu o volume exportado recuar 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os exportadores norte-americanos aumentaram seu “market share” em 58%.

Para 2014 está sendo prevista a retomada do volume registrado no ano passado (13,7 milhões/t) e um aumento próximo de 4% nas importações, o que significaria chegar às 270 mil toneladas.

O USDA não diz, mas é tendência os EUA ampliarem sua participação nesse volume (em detrimento das exportações brasileiras) visto que, recentemente, as restrições impostas pela China à carne de frango norte-americana foram condenadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e devem ser retiradas.

Se atingirem as 270 mil toneladas apontadas, as importações chinesas serão as maiores dos últimos quatro anos. Mas continuarão aquém do recorde de 280 mil toneladas registrado em 2007, ou seja, antes que a China impusesse contrapartidas e medidas antidumping ao frango dos EUA.