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Sem contrapartida, setor de cana não investirá em novas usinas

Agência Estado

  O setor sucroalcooleiro dificilmente investirá na construção de novas plantas (greenfield) enquanto não houver do governo uma contrapartida em termos regulatórios e de readequação dos preços dos combustíveis, afirmaram executivos durante a 13ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol. 'Com base nos indicadores econômicos atuais e sem a readequação de preço e um marco regulatório mais consistente, tanto empresas nacionais quanto estrangeiras dificilmente investirão em uma nova planta', afirmou Helder Gosling, diretor comercial e de logística do Grupo São Martinho.

Segundo o executivo, o investimento necessário apenas para o plantio de cana em uma nova unidade (considerando a capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas/ano) é de aproximadamente R$ 600 milhões, valor que, com o atual preço do etanol, exigiria que a gasolina na bomba custasse R$ 3,10.

Para o diretor comercial da Raízen (joint venture entre a Cosan e a Shell), Ivan Melo, além da falta de incentivo para a construção de novas usinas, o setor sofre com o fechamento de unidades já existentes. Melo disse que, antes de considerar novos investimentos, 'o setor tem o dever de salvar as unidades existentes'.

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