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Notícias / Agronegócio

Bovespa destoa do exterior e sobe 1,70%, enquanto dólar recua

O Estado de S. Paulo

O balanço ruim divulgado pela Petrobrás na última sexta-feira acabou ofuscado ontem pela notícia de que a estatal deve ter uma nova metodologia de reajuste de preços. Embora ainda tenha que ser reavaliada, em 22 de novembro, a proposta foi bem-recebida pelos investidores, que foram em busca dos papéis da companhia. Petrobrás ON subiu quase 10% e a ação PN da estatal avançou mais de 7% - maiores elevações desde 6 de março deste ano -, ambas com forte giro. Isso fez a Bovespa retomar o patamar de 55 mil pontos, encerrando aos 55.073,37 pontos, com alta de 1,70%. Vale ON subiu 0,68% e Vale PNA registrou ganho de 0,24%.

Após cair 24% ao longo do dia, OGX ON terminou estável.

O movimento de alta da Bovespa destoou do visto em Nova York, onde os principais índices de ações permaneceram comportados. A expectativa com a reunião de política monetária do Federal Reserve, hoje e amanhã, e com a divulgação do balanço da Apple - que ocorreu após o fechamento do mercado - travou os negócios. O Dow Jones caiu 0,01%, aos 15.568,93 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,13%, aos 1.762,11 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,08%, aos 3.940,13 pontos.

No Brasil, a baixa liquidez marcou o dia nos mercados de dólar e juros, limitando as oscilações.

O dólar à vista negociado no balcão terminou em queda de 0,32%, aos R$ 2,1820, mas manteve-se em margens bastante estreitas ao longo da sessão, sem nem mesmo sair da faixa de R$ 2,18. A rolagem dos contratos de swap cambial que vencem em 1º de novembro influenciou as transações, com parte do mercado avaliando que o Banco Central não vai, de fato, rolar todos os US$ 8,9 bilhões que vencem no mês que vem. Ontem, cerca de US$ 1 bilhão foram rolados, somando-se aos US$ 3 bilhões das operações da semana passada. Nesta terça-feira e amanhã, o BC também pretende fazer leilões para favorecer a rolagem.

No mercado de renda fixa, sem a divulgação de indicadores relevantes ao longo do dia, as taxas dos contratos futuros de juros terminaram o pregão com leve viés de alta, revertendo o movimento visto pela manhã. A liquidez reduzida favoreceu movimentos técnicos que mudaram o rumo das taxas. De qualquer forma, o mercado segue convicto de que a Selic (a taxa básica de juros da economia), atualmente em 9,50%, subirá 0,50 ponto porcentual em novembro, para 10,00%, com grandes chances de a elevação ser repetida em janeiro do ano que vem, para 10,50%. Ontem, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2015 atingiu 10,49%, ante os 10,47% de sexta-feira. A taxa para janeiro de 2017 ficou em 11,29%, ante 11,28% de sexta-feira.
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