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Soja: preços tentam se manter estáveis em Chicago

Notícias Agrícolas

 As oscilações no milho e no trigo também eram pouco expressivas, porém, os grãos operavam em campo negativo.

A pouca movimentação é típica de sexta-feira, quando os investidores procuram se manter na defensiva frente à proximidade do final de semana e da espera por informações importantes, como o relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no dia 8 e também os números de acompanhamento da safra norte-americana que chegam na próxima segunda-feira (4).

Ao mesmo tempo, o mercado segue observando o desenvolvimento do mercado financeiro e da macroeconomia, bem como o andamento do plantio na América do Sul e as condições climáticas locais. No entanto, os fundamentos, principalmente para a soja, seguem muito positivos. A demanda pelos produtos dos EUA - soja em grão, farelo e óleo - continuam muito aquecidas, diante de estoques baixos e uma safra ligeiramente menor do que as estimativas iniciais.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Mercado recua em Chicago com realização de lucros

Na sessão regular desta quinta-feira (31), a soja fechou o dia em queda na Bolsa de Chicago. Os preços recuaram mesmo diante das exportações norte-americanas semanais recordes e acima das expectativas, pressionadas por um movimento de liquidação de posições típico de final de mês. Milho e trigo também fecharam o dia no vermelho.

“Hoje é final de mês, quando os fundos de investimentos normalmente promovem fortes vendas para enfraquecer os preços nas suas conveniências, mas passado este momento os preços deverão retomar a direção altista”, explicou o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult. Com isso, as posições mais negociadas no mercado internacional perderam entre 7,25 e 10,50 pontos.

Além do movimento de realização de lucros, as expectativas para o relatório de oferta e demanda que o USDA (Departmento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no dia 8 de novembro também pesa sobre os preços, uma vez que, para alguns analistas, poderia trazer uma revisão positiva sobre a produtividade norte-americana da soja. Paralelamente, condições melhores de clima na América do Sul contribuem para uma pressão sobre as cotações.

Os fundamentos, no entanto, seguem positivos e ainda como principal fator de suporte para os preços. Os números sobre as exportações semanais trazidos pelo departamento nesta quinta-feira confirmaram a demanda extremamente aquecida pelo produto norte-americana. O boletim do USDA números das semanas quer terminaram nos dias 10, 17 e 24 de outubro, período em que o governo norte-americano ficou paralisado em função de um impasse político.

Para a soja, o departamento informou que as vendas foram de 4.742 milhões de toneladas da temporada 2013/14. Os números ficaram bem acima das expectativas, que variavam entre 2,4 milhões a 3 milhões de toneladas. A China foi o principal destino da oleaginosa norte-americana e comprou 2.112,3 milhões de toneladas.

Segundo Severo, essas vendas registram recordes históricos e, no acumulado do ano comercial, as exportações norte-americanas já são de 32,290 milhões de toneladas. Dessa forma, das 37 milhões de toneladas projetadas pelo USDA para serem exportadas 87% já foi comercializado, restando apenas 5 milhões para ainda serem vendidas até o final do ano comercial em agosto de 2014. “Isto significa que muito provavelmente seus excedentes de soja poderão se esgotar até o mês de dezembro próximo”.

Além disso, ainda segundo Severo, nesse período de final de mês, a atuação dos fundos de investimentos com movimentos de liquidação de posições se acentua e também pesa sobre o mercado, limitando o potencial de alta das cotações. Porém, afirma que os fundamentos permanecem os mesmos e positivos, principalmente, por conta da ajustada relação entre a oferta e a demanda, o que deve fazer com que logo os preços voltem à sua trajetória de alta na Bolsa de Chicago.
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